Economia

Senador republicano atrasa votação sobre orçamento no Congresso

A Câmara e o Senado devem aprovar o acordo orçamentário antes do fim do dia se não quiserem incorrer na 2ª paralisação parcial

Congresso: Paul exige 15 minutos de debate e uma votação sobre uma emenda para manter os limites máximos orçamentários (Getty Images/Getty Images)

Congresso: Paul exige 15 minutos de debate e uma votação sobre uma emenda para manter os limites máximos orçamentários (Getty Images/Getty Images)

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EFE

Publicado em 8 de fevereiro de 2018 às 22h17.

Washington - O senador do Partido Republicano Rand Paul está atrasando a votação no Senado dos Estados Unidos sobre um projeto de lei de orçamento que aprovaria os recursos para financiar o governo federal nos próximos dois anos e evitaria a paralisação parcial do governo à meia-noite (horário local) desta quinta-feira, quando vence o orçamento atual.

A Câmara dos Representantes e o Senado devem aprovar o acordo orçamentário de dois anos, que inclui um projeto de lei de verbas provisórias, antes do fim do dia se não quiserem incorrer na segunda paralisação parcial em menos de um mês.

Paul exige 15 minutos de debate e uma votação sobre uma emenda para manter os limites máximos orçamentários e, se não conseguir isto, afirma que está disposto a atrasar a votação processual até a madrugada.

"Se querem ficar até as 3h da manhã, ficarei feliz em fazê-lo", disse o senador à emissora "Fox News".

Paul explicou que não está pressionando para que aconteça uma paralisação do governo, mas que "também não" defende o seu funcionamento "para aumentar a dívida em US$ 1 milhão por minuto".

O senador disse que falou com o presidente Donald Trump na manhã de hoje para que ele pedisse ao líder da maioria republicana, Mitch McConnell, que aceitasse uma votação sobre sua emenda.

Paul criticou o acordo orçamentário de dois anos, que aumentaria os limites de gastos em aproximadamente US$ 300 bilhões e também elevaria o teto da dívida até março de 2019.

"Quando os republicanos estão no comando não existe um partido conservador. Muitos dos chamados conservadores perdem a cabeça", afirmou o legislador, conhecido pelo seu extremo conservadorismo e sua defesa ferrenha pela diminuição da intervenção do governo no sistema social.

Além de Paul, pelo menos outros dois senadores republicanos disseram que se opõem ao acordo pelas mesmas razões, Bob Corker e Jeff Flake.

A estratégia de Paul, que está fazendo uso de uma ferramenta de bloqueio do Senado, poderia colocar em perigo o acordo bipartidário alcançado nesta quinta-feira e provocar uma nova paralisação administrativa.

A medida, além disso, teria que ser aprovada pela Câmara dos Representantes depois do Senado, onde também conta com a oposição dos republicanos mais conservadores e dos democratas mais progressistas.

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