Economia

Sem Kadafi, Brasil espera fim da violência, diz Patriota

Ministro das Relações exteriores do Brasil defendeu o fim das operações militares na Líbia após a morte de Kadafi

Soldados rebeldes comemoram em Sirte: Patriota espera fim da violência com a morte do ditador (Philippe Desmazes/AFP)

Soldados rebeldes comemoram em Sirte: Patriota espera fim da violência com a morte do ditador (Philippe Desmazes/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2011 às 13h04.

Brasília – Em Luanda (Angola), o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse hoje que a expectativa é que a violência na Líbia chegue ao fim, depois da captura e possível morte de Muammar Khadafi, ex-líder líbio. "O Brasil espera que a violência na Líbia cesse, que as operações militares se encerrem e que o povo líbio siga nas suas aspirações e anseios, no espírito de diálogo e de reconstrução", disse.

Acompanhando a presidenta Dilma Rousseff à África, o chanceler disse ter sido informado sobre a captura de Khadafi às 13h37 horário local (10h37 no horário de Brasília) – no momento em que a presidenta estava reunida com o presidente de Angola, José Eduardo dos Santos. Patriota interrompeu a reunião para informar os presidentes que, depois de saberem da notícia, deram continuidade à reunião.

Anteontem (18), durante o Fórum do Ibas (Índia, Brasil e África do Sul), em Pretória (África do Sul), Dilma e os representantes da África do Sul e da Índia condenaram as ações militares na Líbia. Tradicionalmente, o Brasil é contrário às medidas e defende a busca pacífica e o caminho do diálogo.

No entanto, desde março, a comunidade internacional, por intermédio da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aprovou uma área de exclusão aérea na Líbia. Na prática há ações militares em áreas específicas do país sob a alegação da necessidade de proteger a população civil. Porém, o Brasil é contrário à iniciativa.

"Na Líbia, atuamos orientados pela certeza de que intervenções armadas e especialmente as realizadas à margem do direito internacional não trazem a paz nem protegem os direitos humanos", disse Dilma.

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