Até agora onze municípios do Rio Grande do Sul entraram em estado de emergência (Dominique Faget/AFP)
Da Redação
Publicado em 5 de janeiro de 2012 às 18h11.
Brasília - A estiagem que atinge os municípios do Rio Grande do Sul já comprometeu parte da produção agrícola e pecuária do estado. A Defesa Civil estima que, na zona rural, houve uma perda de pelo menos R$ 3,6 milhões.
De acordo com o agrônomo da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) de Porto Alegre José Enoir Daniel, a grande preocupação que os agrônomos estão tendo é com os prejuízos na pecuária e na agricultura. “A falta de água resulta na não fertilização no solo, com isso, a plantação de soja e de milho não se desenvolve, prejudicando a safra e os animais.”
O especialista explica que, para a plantação se desenvolver e produzir, é necessário que a formação do solo seja composta por 50% de ar, 5% de matérias orgânicas, 5% de minerais e 40% de espaço vago por onde circula a água. Ele destaca que a pecuária também vem sofrendo com a seca no Rio Grande do Sul. “Os animais, como ovelhas e bois, com a não produção do solo, ficam sem se alimentar e sem forças para produzir [leite].”
A prefeitura de Piratini verifica que, no período de seca, os problemas atingem não só a pecuária e a agriculta, mas também refletem na população, principalmente idosos e crianças da zona rural. Eles podem apresentar vômitos e diarreias, devido à desidratação.
O governo do Rio Grande do Sul está buscando formas de ajudar os municípios prejudicados pela seca. Uma dessas formas é obter no Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome a ampliação do Bolsa Família e um pedido edital de emergência para a construção de cisternas.
De acordo com a Defensoria do estado, subiu para 11 o número de municípios que decretaram situação de emergência por causa da estiagem no Rio Grande do Sul, com a inclusão de Piratini na lista.