Economia

Se nada for feito, Rio pode ter déficit de R$ 20 bi em 2019, diz Witzel

O governador do Rio de Janeiro defendeu a revisão da Lei que criou o Regime de Recuperação Fiscal dos Estados, aprovado durante o governo Temer

Witzel: o governador participa da posse do presidente do BNDES, Joaquim Levy, no Rio de Janeiro (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Witzel: o governador participa da posse do presidente do BNDES, Joaquim Levy, no Rio de Janeiro (Tomaz Silva/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de janeiro de 2019 às 14h05.

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), disse na manhã desta terça-feira, 8, que recebeu o Estado com mais de R$ 11 bilhões em restos a pagar. Segundo ele, se nada for feito, as projeções apontam um rombo adicional de R$ 9 bilhões no fim do ano, o que resultaria em um déficit acumulado de R$ 20 bilhões em 2019.

Witzel participa da posse do presidente do BNDES, Joaquim Levy, no Rio de Janeiro. Ele defendeu a revisão da Lei que criou o Regime de Recuperação Fiscal dos Estados.

Negociada desde o início do segundo governo de Dilma Rousseff, em 2015, a lei enfrentou forte oposição de Levy, que na época era titular do Ministério da Fazenda, e só foi aprovada no governo de Michel Temer.

Segundo o governador fluminense, o déficit dos Estados é gigantesco. "Temos de trabalhar na lei de recuperação fiscal para que outros Estados possam entrar (no Regime de Recuperação Fiscal). Precisamos pensar em melhores condições de pagamento para que possamos pagar o passivo e continuar governando sem prejudicar essa e as próximas gerações", disse.

Cedae

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, voltou a se posicionar contra a privatização da Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae). Segundo ele, apesar da situação financeira crítica e do compromisso assumido na negociação do plano de recuperação fiscal do Estado, a empresa é estratégica e não pode ser vendida.

"Cedae é empresa estratégica para o Rio de Janeiro. Pode ter IPO (oferta inicial de ações), abrir capital, mas não ser privatizada agora", declarou.

No fim de semana, o governador visitou Guapimirim, na região metropolitana do Rio. Segundo ele, falhas da concessionária local deixaram 70 mil pessoas sem água. "A empresa deixou de fazer a manutenção. A Cedae teve que socorrer o município e limpar os filtros para restabelecer o abastecimento", contou.

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