Economia

Sauditas alertam EUA e Europa sobre corte na oferta de petróleo

Arábia Saudita alertou os clientes sobre menor oferta, em linha com a redução de produção acertada pela Opep na semana passada

Petróleo saudita: cortes para refinarias da Ásia deverão ser menores que os para a Europa, Estados Unidos e grandes petroleiras (Karen Bleier/AFP)

Petróleo saudita: cortes para refinarias da Ásia deverão ser menores que os para a Europa, Estados Unidos e grandes petroleiras (Karen Bleier/AFP)

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Reuters

Publicado em 9 de dezembro de 2016 às 12h35.

Cigapura / Tóquio/ Dubai - A Arábia Saudita tem avisado a clientes dos Estados Unidos e da Europa que irá reduzir as entregas de petróleo a partir de janeiro, em um momento em que a Rússia sinaliza que ainda há desafios para um comprometimento de países de fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para unir-se ao acordo para cortar produção.

Os sauditas alertaram os clientes sobre menor oferta, em linha com a redução de produção acertada pela Opep na semana passada, segundo uma fonte do setor de petróleo no Golfo Pérsico, familiarizada com as políticas da Arábia Saudita.

"Nós avisamos nossos clientes que as alocações... para a Arábia Saudita estão 100 por cento", disse a fonte.

Ele afirmou que os cortes para refinarias da Ásia deverão ser menores que os para a Europa, Estados Unidos e grandes petroleiras.

"Nós estamos cortando mais para os Estados Unidos por causa dos estoques... que estão bastante elevados", disse a fonte.

A Opep irá se reunir com países de fora do grupo em Viena no sábado, em busca de compromissos para cortes adicionais de 600 mil barris por dia (bpd), após o próprio cartel ter acertado uma redução de 1,2 milhão de bpd em sua produção.

A Rússia deverá comprometer-se com 300 mil bpd dos cortes totais esperados para países de fora da Opep, mas nesta sexta-feira Moscou sinalizou que há assuntos pendentes que precisam ser discutidos antes de um acordo ser fechado.

"A Rússia vê riscos antes do acordo se questões não forem resolvidas", disse a fonte. "Cem por cento de comprometimento é algo crítico para o acordo... É essencial que os não Opep tenham uma abordagem responsável sobre o acordo."

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