Economia

Saque anual é salário extra para sempre, diz Guedes sobre mudanças no FGTS

Ministro declarou ainda que mudanças nas regras do Fundo "não são voo de galinha"; Bolsonaro fala em "direito dos trabalhadores"

Paulo Guedes: Ministro da Economia diz que mudanças no FGTS "não é voo de galinha", pois é "renda extra para sempre" (Wilson Dias/Agência Brasil)

Paulo Guedes: Ministro da Economia diz que mudanças no FGTS "não é voo de galinha", pois é "renda extra para sempre" (Wilson Dias/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 24 de julho de 2019 às 19h22.

Última atualização em 24 de julho de 2019 às 19h33.

Brasília — O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira que as mudanças promovidas pelo governo para o FGTS não são um voo de galinha para a economia, defendendo que, com a possibilidade de saque anual a partir de 2020, os trabalhadores terão um salário extra para o resto da vida.

"É um aumento da renda permanente se você ficar empregado, lutar para fazer bem seu trabalho e continuar empregado", disse o ministro, em evento no Palácio do Planalto.

Direito ao próprio dinheiro

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira que as mudanças anunciadas pelo governo nas regras de saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) devolvem aos trabalhadores o direito de sacarem seu próprio dinheiro.

Em rápido discurso na cerimônia que oficializou as alterações nos saques do FGTS, Bolsonaro disse que se trata de uma mudança estrutural que garante mais liberdade aos trabalhadores.

"Pacto federativo" no 2º semestre

O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, usaram parte de seus discursos para dizer que tentam solucionar a falta de recursos relatada em ministérios e governos estaduais. Durante lançamento do programa "Saque Certo" Guedes disse que um passo maior na economia será dado com a viabilização do novo pacto federativo, que permitirá o desbloqueio de fundos "carimbados".

Guedes citou que ministros como Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) e Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) têm pedido mais recursos para viabilizar ações das pastas. O mesmo tem acontecido com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, segundo o ministro da Economia.

Em seguida, Bolsonaro também citou o governador de Goiás, dizendo que "Caiado tem seus problemas" e que o governo está buscando "solucionar essa questão". O presidente vai a Goiânia (GO) na próxima sexta-feira para a formatura de aspirantes da Polícia Militar.

Fusões

O ministro da Economia afirmou ainda, durante lançamento do programa Saque Certo, que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) não deveria ter autorizado várias fusões que ocorreram no passado. De acordo com Guedes, as fusões levaram à existência de "dois bancos" no mercado financeiro, "duas cervejarias" no setor de bebidas e "duas construtoras" no mercado de construção. O ministro não citou especificamente o nome das empresas.

Na sequência, Guedes afirmou que o "choque de energia barata", anunciado pelo governo, somente foi possível porque houve coordenação e uma filosofia de transformação no governo. "Para fazermos, tivemos que mexer no Cade", disse.

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