Economia

Santander revisa projeção do PIB de 2015 de -1,5% para -1,9%

A projeção para 2016 também foi reduzida, de +0,5% para +0,1%


	Santander anunciou nesta quinta que revisou sua estimativa do PIB de 2015 de retração de 1,5% para queda de 1,9%
 (Getty Images)

Santander anunciou nesta quinta que revisou sua estimativa do PIB de 2015 de retração de 1,5% para queda de 1,9% (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2015 às 18h25.

São Paulo - Após Bradesco e Itaú cortarem suas projeções de crescimento para a economia, o Santander anunciou nesta quinta-feira, 16, que revisou sua estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) de 2015 de retração de 1,5% para queda de 1,9%. A projeção para 2016 também foi reduzida, de +0,5% para +0,1%.

Antes de anunciar a revisão, o economista do Santander Brasil, Rodolfo Margato, afirmou à reportagem que estava reavaliando os números por verificar "uma contração na atividade econômica bastante disseminada entre os setores, com surpresas negativas no varejo, a indústria com estoques muito elevados e níveis de confiança de empresários e consumidores nos patamares mais baixos das séries históricas", comenta.

Margato acredita que os primeiros sinais de uma recuperação mais consistente da economia brasileira poderiam surgir na segunda metade do próximo ano, o que levaria a um crescimento moderado em 2017.

Essa perspectiva, no entanto, considera a materialização de ajustes importantes na economia, não só nos âmbitos fiscal e monetário, mas também da relação entre câmbio e salários.

"O atual processo de deterioração do mercado de trabalho deve persistir em 2016, causando uma queda dos salários em termos reais, que junto com a depreciação do câmbio gerariam mais exportações, levando a um aumento de produção e investimentos. É uma janela de oportunidade a partir de 2017, mas que considera a concretização dos ajustes de preços relativos da economia", comentou o economista do Santander, antes de divulgar a revisão dos números.

Mesmo com a tentativa de ajuste fiscal e monetário, a equipe econômica do governo da presidente Dilma Rousseff, comandada por Joaquim Levy, está cada vez com mais dificuldades para convencer o mercado de que a retração da economia em 2015 não vai extrapolar para 2016.

Na primeira pesquisa Focus deste ano, as projeções de crescimento para 2016 eram de 1,80%. Agora, já estão em 0,50%, mas tendem a voltar a cair em breve.

Nesta semana, o Bradesco revisou de 0,5% para zero sua previsão para o desempenho da atividade no próximo ano, citando o forte carrego estatístico de 2015, que deve ter contração de 1,8%.

Nesta quarta-feira, foi a vez do Itaú Unibanco, que cortou de 0,3% para -0,2% a perspectiva sobre o desempenho da economia em 2016, após o tombo de 2,2% esperado para este ano.

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