Economia

Salário mínimo deveria ser indexado ao INPC, diz economista

Outra medida mais simples que pode reduzir os gastos com Previdência é mudar as regras de concessão de pensões por morte


	Salário: outra medida mais simples que pode reduzir os gastos com Previdência é mudar as regras de concessão de pensões por morte
 (Andrew Harrer/Bloomberg)

Salário: outra medida mais simples que pode reduzir os gastos com Previdência é mudar as regras de concessão de pensões por morte (Andrew Harrer/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2016 às 12h14.

Rio de Janeiro - Enquanto uma reforma mais ampla da Previdência Social não é aprovada, por exigir condições políticas para votar uma emenda constitucional, o economista Fabio Giambiagi, especialista em contas públicas, defende medidas mais simples para reduzir os gastos públicos com aposentadorias, como mudar a regra de indexação do salário mínimo.

Giambiagi, que trabalha no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), defendeu nesta segunda-feira, 25, que, como a discussão sobre a retirada do salário mínimo como piso da Previdência é politicamente difícil, que se mude a regra para corrigir o valor de referência apenas pelo INPC, pelo menos até 2026.

"Onde está a insensibilidade social disso?", questionou Giambiagi, em palestra em seminário promovido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).

Outra medida mais simples que pode reduzir os gastos com Previdência é mudar as regras de concessão de pensões por morte, disse o economista.

Ainda assim, Giambiagi ressaltou que uma reforma da Previdência é fundamental, porque o Brasil vive uma fase de "canibalismo" nos gastos públicos. "A Previdência Social esta comendo espaços de outros gastos", afirmou.

Giambiagi aproveitou ainda para criticar a postura do movimento sindical em relação ao tema. "O fato de o diálogo (sobre a reforma previdenciária) ser necessário não confere poder de veto aos sindicatos", disse o economista.

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