Economia

Saída da Grécia do euro ameaça vida da moeda, diz Moody's

Os desdobramentos envolvendo o setor bancário da Espanha também poderiam levar a rebaixamentos de ratings soberanos, disse a agência em comunicado

Se a Grécia deixar o euro, dúvidas recaem sobre Espanha, Portugal e Itália (Getty Images)

Se a Grécia deixar o euro, dúvidas recaem sobre Espanha, Portugal e Itália (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2012 às 22h20.

Nova York - A agência de classificação de risco Moody's afirmou nesta sexta-feira que uma saída da Grécia da zona do euro poderia representar uma ameaça para a existência da moeda.

Além disso, os desdobramentos envolvendo o setor bancário da Espanha, que deve pedir um pacote de ajuda à Europa, poderiam levar a rebaixamentos de ratings soberanos, disse a agência em comunicado.

"Caso a Grécia deixe a zona do euro, ameaçando a existência contínua da moeda única, precisaríamos revisar todos os ratings soberanos da área, incluindo aqueles de nações cuja classificação atual é 'Aaa'", completou a agência.

Uma saída da Grécia da zona do euro afetaria particularmente os ratings soberanos de Chipre, Portugal, Irlanda, Itália e Espanha, segundo a Moody's.

A Espanha tem rating "A3" com perspectiva negativa pela Moody's, um ponto acima do rating atribuído ao país pela Standard & Poor's, de "BBB+" com perspectiva negativa.

Na quinta-feira, a Fitch Ratings reduziu o rating de crédito da Espanha em três pontos, para "BBB", com perspectiva negativa, dois pontos abaixo da classificação da Moody's.

A Moody's afirmou que a crise no setor bancário da Espanha é muito específica ao próprio país e não representaria uma grande fonte de contágio para outros países da zona do euro.

Porém, a Itália, assim como a Espanha, compartilham uma crescente dependência de financiamento do Banco Central Europeu por meio de seus bancos.

"O papel do Banco Central Europeu como um provedor temporário de liquidez não pode resolver tensões nos mercados de financiamento no médio prazo, e não tem feito isso", afirmou a Moody's em seu comunicado.

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