Economia

Safra de soja do Brasil deve cair a 66,12 mi t, diz FCStone

Número é 12% menor que o recorde de 75,3 milhões de toneladas colhidas no ano passado

Já as exportações de soja brasileira subiram para 4,24 milhões de toneladas em março, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Leomar Jose Mees)

Já as exportações de soja brasileira subiram para 4,24 milhões de toneladas em março, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Leomar Jose Mees)

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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2012 às 15h30.

São Paulo - A corretora de commodities FCStone estimou nesta segunda-feira a safra 2011/12 de soja do Brasil em 66,12 milhões de toneladas, 12 por cento menor que o recorde de 75,3 milhões de toneladas colhidas no ano passado pelo segundo maior produtor mundial de oleaginosa.

O último número vai na mesma direção das estimativas de mercado, mas o consultor da FCStone, Jorge Gracioli, diz que não espera novas revisões para baixo da colheita.

"Os mercados futuros incorporaram estes números nos preços, mas a América do Sul não é a única que influencia o mercado no momento. A colheita norte-americana irá desempenhar um grande papel a partir de agora", disse Gracioli.

Em uma pesquisa junto à 15 analistas, a estimativa média da safra de soja do Brasil, que sofreu com a seca em dois dos seus principais Estados produtores, foi de 67,11 milhões de toneladas.

As exportações de soja brasileira subiram para 4,24 milhões de toneladas em março, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, alta acentuada em relação a 1,57 milhão de toneladas enviadas em fevereiro, e ante as 2,73 milhões de toneladas enviadas em março do ano passado.

As exportações nos meses anteriores também foram historicamente elevadas segundo Natalia Orlovicin, especialista em fluxo de comércio da FCStone no Brasil."As exportações têm sido muito maiores do que prevíamos e devem continuar assim, devido principalmente aos esforços da China para reconstruir seus estoques de soja", disse ela.

A analista não viu problemas com o fluxo de grãos nos portos locais até agora neste ano e não antecipou qualquer congestionamento anormal ao longo dos próximos meses, quando os embarques de soja atingem o ápice no Brasil.

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