Safra de laranja recua e estoque de suco cairá em 2014
Segundo Conab, estimativa de produção foi reduzida em quase 10% devido a problemas climáticos
Da Redação
Publicado em 8 de agosto de 2013 às 16h03.
São Paulo - A estimativa de produção comercial de laranja em São Paulo, maior produtor brasileiro da fruta, foi reduzida em quase 10 por cento ante a previsão de maio, devido a problemas climáticos, informou nesta quinta-feira a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o que deve ajudar a reduzir, no ano que vem, os estoques de suco da indústria, que atingiram máximas históricas.
A produção comercial de laranja em São Paulo foi estimada em 296,8 milhões de caixas de 40,8 kg na temporada em 2013/14, contra 328 milhões de caixas na projeção anterior.
Já a produção de laranja em São Paulo destinada à indústria de suco foi prevista em 252,7 milhões de caixas pela Conab, 9,4 abaixo da estimativa anterior.
A Conab citou problemas climáticos em seu relatório sobre a produção.
"No segundo semestre de 2012, em quase todas as regiões produtoras de citrus, a abertura das flores foi seguida por períodos de sol intenso e pouca chuva, o que prejudicou o pegamento da florada", afirmou a estatal.
Para o Triângulo Mineiro, o governo projetou uma produção de 10,895 milhões de caixas, sendo 9,14 milhões destinados à indústria.
A estimativa oficial está acima da anunciada pela Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR), que reúne as grandes empresas do setor.
A entidade projeta uma safra de 268,35 milhões de caixas na atual temporada, em queda de 30 por cento ante a temporada passada. Deste total, descontado o consumo in natura, a CitrusBR projeta que sejam processados por suas associadas 228,35 milhões de caixas.
"Devido às excessivas chuvas nos meses de maio, junho e julho, o rendimento industrial é considerado um dos piores da história", acrescentou a associação, em nota.
As indústrias estimam que sejam necessárias 270 caixas de laranja para produção de uma tonelada de suco, atualmente. Em anos anteriores, esse número já foi de 250 caixas por tonelada de suco.
Segundo a Conab, uma baixa remuneração observada na safra passada "fez com que citricultores reduzissem os tratos culturais, sendo que alguns deixaram até mesmo de utilizar seus sistemas de irrigação", colaborando para reduzir a produção atual.
Estoques de Suco
A redução na safra 2013/14 deverá se refletir em uma redução dos estoques no ano que vem, após eles atingirem uma máxima histórica este ano.
Os estoques globais de suco de laranja de posse das principais indústrias do Brasil, maior exportador global da commodity, atingiram um recorde de 766 mil toneladas em 30 de junho, contra 662 mil toneladas um ano antes, informou a CitrusBR nesta quinta.
Para 2014, a associação estima uma queda dos estoques a 476 mil toneladas do produto. O volume estaria mais próximo do estoque técnico mínimo necessário de 350 mil toneladas, suficiente para 12 semanas de consumo.
O cálculo de estoques inclui volumes disponíveis para comercialização pelas indústrias, além de suco em caminhões e navios e suco armazenado em terminais no Brasil, na Europa, no Japão, nos EUA e na Austrália.
São Paulo - A estimativa de produção comercial de laranja em São Paulo, maior produtor brasileiro da fruta, foi reduzida em quase 10 por cento ante a previsão de maio, devido a problemas climáticos, informou nesta quinta-feira a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o que deve ajudar a reduzir, no ano que vem, os estoques de suco da indústria, que atingiram máximas históricas.
A produção comercial de laranja em São Paulo foi estimada em 296,8 milhões de caixas de 40,8 kg na temporada em 2013/14, contra 328 milhões de caixas na projeção anterior.
Já a produção de laranja em São Paulo destinada à indústria de suco foi prevista em 252,7 milhões de caixas pela Conab, 9,4 abaixo da estimativa anterior.
A Conab citou problemas climáticos em seu relatório sobre a produção.
"No segundo semestre de 2012, em quase todas as regiões produtoras de citrus, a abertura das flores foi seguida por períodos de sol intenso e pouca chuva, o que prejudicou o pegamento da florada", afirmou a estatal.
Para o Triângulo Mineiro, o governo projetou uma produção de 10,895 milhões de caixas, sendo 9,14 milhões destinados à indústria.
A estimativa oficial está acima da anunciada pela Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR), que reúne as grandes empresas do setor.
A entidade projeta uma safra de 268,35 milhões de caixas na atual temporada, em queda de 30 por cento ante a temporada passada. Deste total, descontado o consumo in natura, a CitrusBR projeta que sejam processados por suas associadas 228,35 milhões de caixas.
"Devido às excessivas chuvas nos meses de maio, junho e julho, o rendimento industrial é considerado um dos piores da história", acrescentou a associação, em nota.
As indústrias estimam que sejam necessárias 270 caixas de laranja para produção de uma tonelada de suco, atualmente. Em anos anteriores, esse número já foi de 250 caixas por tonelada de suco.
Segundo a Conab, uma baixa remuneração observada na safra passada "fez com que citricultores reduzissem os tratos culturais, sendo que alguns deixaram até mesmo de utilizar seus sistemas de irrigação", colaborando para reduzir a produção atual.
Estoques de Suco
A redução na safra 2013/14 deverá se refletir em uma redução dos estoques no ano que vem, após eles atingirem uma máxima histórica este ano.
Os estoques globais de suco de laranja de posse das principais indústrias do Brasil, maior exportador global da commodity, atingiram um recorde de 766 mil toneladas em 30 de junho, contra 662 mil toneladas um ano antes, informou a CitrusBR nesta quinta.
Para 2014, a associação estima uma queda dos estoques a 476 mil toneladas do produto. O volume estaria mais próximo do estoque técnico mínimo necessário de 350 mil toneladas, suficiente para 12 semanas de consumo.
O cálculo de estoques inclui volumes disponíveis para comercialização pelas indústrias, além de suco em caminhões e navios e suco armazenado em terminais no Brasil, na Europa, no Japão, nos EUA e na Austrália.