Economia

Sabesp se opõe a cortes da Arsesp para definir tarifa

O processo de revisão tarifária é o primeiro no setor de saneamento brasileiro e tem o objetivo de equilibrar os reajustes da Sabesp,


	Sabesp: outro ponto crítico para a Sabesp foi o corte de R$ 484 milhões feito pela Arsesp nas projeções de gastos operacionais informados pela concessionária para 2013.

Sabesp: outro ponto crítico para a Sabesp foi o corte de R$ 484 milhões feito pela Arsesp nas projeções de gastos operacionais informados pela concessionária para 2013.

DR

Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2013 às 14h27.

São Paulo - A Sabesp se posicionou contra uma série de cálculos da Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) para a definição das novas tarifas a serem aplicadas pela concessionária. Entre as ponderações da Sabesp em seu parecer, estão os cortes feitos pela agência nos valores da base regulatória e na projeção de gastos operacionais.

O processo de revisão tarifária é o primeiro no setor de saneamento brasileiro e tem o objetivo de equilibrar os reajustes da Sabesp, tornando os valores cobrados dos consumidores proporcionais ao tamanho da rede da concessionária e aos seus investimentos para ampliar a cobertura.

O cálculo para definição das tarifas levará em conta, entre outros itens, a base de ativos da Sabesp, cujo montante é de R$ 33,8 bilhões segundo a própria concessionária. No entanto, a Arsesp usou em seu cálculo de tarifa um montante 10% menor, de R$ 30,4 bilhões, justificando que esses valores ainda serão submetidos a fiscalização e validação. Ao usar um valor menor, a agência evitou o risco de voltar atrás no anúncio de novas tarifas caso se verifique que a base está acima do valor correto.


Em seu parecer, a Sabesp disse entender que a redução da base pela Arsesp está baseada no princípio da "prudência" e não em critérios técnicos. Segundo a concessionária, a tarifa seria 8,42% maior que o proposto pela agência se a base fosse computada integralmente. "É importante se ter em conta o risco que se transfere ao consumidor ao se optar por um porcentual de glosa significativo nesta fase preliminar", afirma a Sabesp no documento, referindo-se à possibilidade de um reajuste extra nos próximos meses.

Outro ponto crítico para a Sabesp foi o corte de R$ 484 milhões feito pela Arsesp nas projeções de gastos operacionais informados pela concessionária para 2013. Segundo a agência reguladora, o corte é explicado pelo não reconhecimento de gastos com pessoal, materiais, serviços e outras despesas considerados não essenciais para a prestação dos serviços de saneamento. Do montante cortado, R$ 410 milhões (85%) são despesas com pessoal, como gratificação ao conselho de administração, gratificação à diretoria, participação no resultado, pensão complementar, entre outros.

Em seu parecer, a Sabesp afirma é que contra "qualquer tipo de glosa de contas". A Sabesp argumenta que as gratificações são um tipo de despesa que faz parte da prática de mercado, onde os executivos recebem remuneração fixa e variável. Em relação à participação nos resultados, alega que é parte integrante da remuneração do trabalho. Já sobre a pensão complementar, a concessionária diz que a rubrica se refere à complementação das aposentadorias e concessão de pensões, conforme previsto em lei.

Acompanhe tudo sobre:Águaeconomia-brasileiraEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasSabespSaneamentoServiços

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor