Economia

Rússia rejeita medidas para "estrangular" a Coreia do Norte

Chanceler russo afirmou que algumas sanções adicionais teriam "trágicas consequências humanitárias para a população" do país asiático

Sergei Lavrov: "não podemos apoiar as ideias de alguns de nossos parcerios e que buscam de fato estrangular economicamente a Coreia do Norte" (Andrey Rudakov/Bloomberg)

Sergei Lavrov: "não podemos apoiar as ideias de alguns de nossos parcerios e que buscam de fato estrangular economicamente a Coreia do Norte" (Andrey Rudakov/Bloomberg)

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EFE

Publicado em 16 de agosto de 2017 às 09h53.

Moscou - A Rússia rejeita os planos de alguns países de "estrangular economicamente" o regime norte-coreano pelas nefastas consequências humanitárias que estas medidas podem acarretar, afirmou nesta quarta-feira o ministro russo de Relações Exteriores, Sergey Lavrov.

"Não podemos apoiar as ideias de alguns de nossos parcerios e que buscam de fato estrangular economicamente a Coreia do Norte", disse o chefe da diplomacia russa ao término de uma reunião em Moscou com seu colega boliviano, Fernando Huanacuni.

Lavrov explicou que algumas sanções adicionais contra Pyongyang teriam "trágicas consequências humanitárias para a população" do país asiático.

Todas as resoluções do Conselho de Segurança da ONU sobre a Coreia do Norte - lembrou - contêm "medidas de pressão econômica muito séria", além do compromisso dos países-membros para respaldar o retorno a algumas "negociações políticas" sobre a solução do conflito.

Ao mesmo tempo, Lavrov elogiou o rebaixamento de tom na retórica de confronto em torno da Coreia do Norte e disse que acredita que os ânimos seguirão se acalmando.

No começo do mês, o Conselho de Segurança aprovou por unanimidade nova sanções à Coreia do Norte que reduzem até em US$ 1 bilhão por ano os investimentos que o país obtém com as suas exportações.

A resolução aprovada também aponta que os Governos devem proibir os cidadãos de iniciar novos negócios conjuntos com entidades ou indivíduos da Coreia do Norte e, com certas exceções, expandir os já existentes.

Além disso, o documento amplia o número de pessoas e entidades sob sanções da ONU, o que acarreta na proibição de viagens e no congelamento de seus ativos no exterior.

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