Economia

Rússia reduz previsão de colheita de cereais

O ministro russo da Agricultura, Nikolai Fedorov, reconheceu, em uma entrevista, que a tendência da colheita no país não é muito favorável

Fazendeiro cultivando grãos no vilarejo russo de Vasyurinskoe: várias regiões agrícolas, na bacia do Mar Negro, sul do país, foram afetadas este ano por uma grande seca (©AFP / Mikhail Mordasov)

Fazendeiro cultivando grãos no vilarejo russo de Vasyurinskoe: várias regiões agrícolas, na bacia do Mar Negro, sul do país, foram afetadas este ano por uma grande seca (©AFP / Mikhail Mordasov)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2012 às 14h42.

Moscou - A Rússia, terceiro exportador mundial de cereais, reduziu sua previsão de colheita para 2012, apesar de lançar uma mensagem de tranquilidade ao mercado mundial, já atingido pela seca nos Estados Unidos.

O ministro russo da Agricultura, Nikolai Fedorov, reconheceu, em uma entrevista, que a tendência da colheita no país não é muito favorável.

"Hoje, já não convém falar de 80 milhões de toneladas, e sim de 75 milhões", afirmou.

Várias regiões agrícolas, na bacia do Mar Negro, sul do país, foram afetadas este ano por uma grande seca. Além disso, os campos sofreram com as geadas do inverno passado.

Devido a tudo isso, o país - que colheu em 2011 92 milhões de toneladas de cereais - já reduziu suas previsões, mas os analistas esperam uma nova redução.

A nova estimativa do ministério russo, no entanto, não causa medo, enfatizou Fedorov, ao explicar que em 2010 - quando o país sofreu uma seca e uma onda de calor sem precedentes - a colheita foi, inclusive, inferior, de 60 milhões de toneladas.

Com essas palavras, o ministro russo tenta tranquilizar os mercados, já muito inquietos pela grave seca nos Estados Unidos - e a consequente alta dos preços - e que temem que Moscou limite suas exportações, o que já aconteceu em 2010.

Apenas em relação ao trigo, o Departamento americano de Agricultura (USDA), que divulga seus relatórios mensais sobre as previsões mundiais, já reduziu em 10 de agosto seus prognósticos, agora de 43 milhões de toneladas (seis milhões a menos que na estimativa anterior).

Desde meados de junho, uma seca muito forte e temperaturas historicamente altas para o mês de julho, deterioraram as perspectivas de colheita no chamado Corn Belt, o Cinturão do Milho, no centro-oeste dos Estados Unidos, o maior produtor mundial de soja e milho.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCereaisEuropaRússiaSafras agrícolas

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor