Economia

Rússia reavaliará participação em resgate ao Chipre

A mudança acontece depois que os ministros de Finanças da zona do euro propuseram uma taxação sobre os depósitos dos bancos da ilha


	A proposta para taxar em 6,75% os depósitos bancários de até 100 mil euros afetará instituições financeiras e empresas russas
 (Hannelore Foerster/Getty Images)

A proposta para taxar em 6,75% os depósitos bancários de até 100 mil euros afetará instituições financeiras e empresas russas (Hannelore Foerster/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de março de 2013 às 10h33.

Moscou - A Rússia vai avaliar novamente sua participação no resgate para o Chipre, depois que os ministros de Finanças da zona do euro, o Eurogrupo, propuseram uma taxação sobre os depósitos dos bancos da ilha, afirmou o ministro de Finanças russo, Anton Siluanov.

A proposta para taxar em 6,75% os depósitos bancários de até 100 mil euros (US$ 130.738) e em 9,99% os depósitos acima desse valor, que faz parte do pacote de ajuda de 10 bilhões de euros oferecido pelas autoridades europeias para o Chipre, afetará instituições financeiras e empresas russas que atuam na ilha.

A Rússia havia concordado com os governos da União Europeia e com o Chipre sobre uma ação coordenada para dar suporte ao país endividado, mas, segundo Siluanov, a Rússia não foi incluída na decisão de impor taxas sobre os depósitos.

"Nós declaramos anteriormente que junto com os países da UE nós faríamos parte de uma ajuda ao Chipre", disse o ministro. Mas "agora as medidas foram anunciadas e não houve um acordo com a parte russa" sobre isso, acrescentou.

Siluanov afirmou que a taxação não trará apenas problemas para os correntistas do Chipre, mas também para os sistemas bancários de outros países da zona do euro.

Mais cedo hoje, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, criticou duramente a proposta de taxação dos depósitos no Chipre e a considerou "injusta" e "perigosa". A medida pode custar US$ 2 bilhões a instituições russas que atuam no país.

O Chipre vinha tentando convencer a Rússia a concordar com uma extensão de cinco anos no pagamento de um empréstimo de 2,5 bilhões de euros de 2011. Mas até agora o governo russo se recusou a dar mais garantias para a extensão do prazo. As informações são da Dow Jones.

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