Rússia estuda plano anticrise de quase 10 bilhões de euros
A economia do país está em recessão desde o final de 2014 e sofre impacto da queda dos preços do petróleo
Da Redação
Publicado em 9 de fevereiro de 2016 às 16h21.
Moscou - O governo da Rússia estuda um plano anticrise de quase 10 bilhões de euros para apoiar a abatida economia nacional, em recessão desde o final de 2014, e resistir ao impacto da queda dos preços do petróleo.
"O plano já foi enviado ao governo. É um documento que inclui propostas básicas, algumas das quais já foram discutidas", afirmou nesta terça-feira a porta-voz do governo, Natalia Timakova, à agência "Interfax".
Timakova ressaltou que nem todas as medidas incluídas no documento antecipado pela agência "TASS" serão aprovadas e antecipou que, uma vez termine o debate no seio do Executivo, o programa será apresentado ao presidente Vladimir Putin.
Mais da metade dos quase 10 bilhões de euros provém do orçamento federal, enquanto o resto do dinheiro procede do fundo anticrise, do Fundo Nacional de Bem-Estar e de outras fontes.
Concretamente, o plano faz especial ênfase na promoção das exportações dos setores que não sejam de matérias-primas (300 milhões de euros), perante a queda das receitas com petróleo e gás.
Quase 150 milhões serão alocados para estimular as exportações de produtos de alta tecnologia; e mais de 20 milhões para impulsionar as vendas ao exterior de maquinaria agrícola e de transporte.
O setor automotivo, onde as vendas caíram mais de um terço em 2015, receberá 1 bilhão do orçamento federal e mais de 500 milhões do fundo anticrise a fim de estimular a demanda e manter os postos de trabalho.
O plano contempla outros 500 milhões para apoiar as pequenas e médias empresas já existentes e mais de 100 milhões para promover a criação de novos pequenos e médios negócios.
O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, que reconheceu que as receitas pela exportação de hidrocarbonetos caíram até 45%, também estudará a introdução de medidas impositivas para estimular a abertura de novas jazidas de petróleo.
Entre as medidas sociais, se destaca a concessão de subsídios mensais às famílias mais desfavorecidas e um programa que garante a gratuidade dos remédios, mas adia uma segunda indexação das pensões, que caíram abaixo da inflação.
A economia russa se contraiu 3,7% em 2015 e voltará a cair este ano, segundo o governo, uma recessão que a população começará a sentir com especial virulência nos próximos meses, coincidindo com a primeira queda das receitas efetivas dos russos desde que Putin chegou ao poder em 2000. EFE
Moscou - O governo da Rússia estuda um plano anticrise de quase 10 bilhões de euros para apoiar a abatida economia nacional, em recessão desde o final de 2014, e resistir ao impacto da queda dos preços do petróleo.
"O plano já foi enviado ao governo. É um documento que inclui propostas básicas, algumas das quais já foram discutidas", afirmou nesta terça-feira a porta-voz do governo, Natalia Timakova, à agência "Interfax".
Timakova ressaltou que nem todas as medidas incluídas no documento antecipado pela agência "TASS" serão aprovadas e antecipou que, uma vez termine o debate no seio do Executivo, o programa será apresentado ao presidente Vladimir Putin.
Mais da metade dos quase 10 bilhões de euros provém do orçamento federal, enquanto o resto do dinheiro procede do fundo anticrise, do Fundo Nacional de Bem-Estar e de outras fontes.
Concretamente, o plano faz especial ênfase na promoção das exportações dos setores que não sejam de matérias-primas (300 milhões de euros), perante a queda das receitas com petróleo e gás.
Quase 150 milhões serão alocados para estimular as exportações de produtos de alta tecnologia; e mais de 20 milhões para impulsionar as vendas ao exterior de maquinaria agrícola e de transporte.
O setor automotivo, onde as vendas caíram mais de um terço em 2015, receberá 1 bilhão do orçamento federal e mais de 500 milhões do fundo anticrise a fim de estimular a demanda e manter os postos de trabalho.
O plano contempla outros 500 milhões para apoiar as pequenas e médias empresas já existentes e mais de 100 milhões para promover a criação de novos pequenos e médios negócios.
O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, que reconheceu que as receitas pela exportação de hidrocarbonetos caíram até 45%, também estudará a introdução de medidas impositivas para estimular a abertura de novas jazidas de petróleo.
Entre as medidas sociais, se destaca a concessão de subsídios mensais às famílias mais desfavorecidas e um programa que garante a gratuidade dos remédios, mas adia uma segunda indexação das pensões, que caíram abaixo da inflação.
A economia russa se contraiu 3,7% em 2015 e voltará a cair este ano, segundo o governo, uma recessão que a população começará a sentir com especial virulência nos próximos meses, coincidindo com a primeira queda das receitas efetivas dos russos desde que Putin chegou ao poder em 2000. EFE