Economia

Rússia está próximo de encerrar redução dos juros, diz presidente do BC

Com uma taxa de inflação de 2,4% ao ano, o banco central da Rússia pode encerrar sua série de cortes nos juros que reduziu a principal taxa para 7,25%

O BC da Rússia espera que a inflação anual fique entre 3 e 4 por cento até o final de 2018 (Mike Segar/Reuters)

O BC da Rússia espera que a inflação anual fique entre 3 e 4 por cento até o final de 2018 (Mike Segar/Reuters)

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Reuters

Publicado em 6 de junho de 2018 às 10h13.

Moscou - O banco central da Rússia completará em breve seu ciclo de corte de juros e adotará uma política monetária neutra, embora possa ter que reduzir a taxa novamente se o risco inflacionário aumentar, disse a presidente Elvira Nabiullina.

O banco central vem reduzindo a taxa básica desde 2015, quando a inflação estava em dois dígitos, e agora a está levando a um nível mais adequado para as condições econômicas atuais - bem como para sua meta de inflação de 4 por cento.

"Devemos mudar para uma política monetária neutra no curto prazo", disse Nabiullina em entrevista à Reuters.

Uma vez que a inflação ao consumidor tem se mantido estável a uma taxa anual de 2,4 por cento, o banco central tem a chance de encerrar sua série de cortes nos juros que reduziu a principal taxa para 7,25 por cento.

"Por enquanto, achamos que o nível da taxa neutra está entre 6 e 7 por cento, mais próximo do limite superior", disse Nabiullina.

Mas o momento do próximo corte ainda não está claro. Nabiullina não comentou sobre qualquer movimento nos juros que o banco central possa considerar em sua próxima reunião em 15 de junho.

Ela disse que um aumento recente nos preços dos combustíveis foi uma preocupação para o banco central, já que os preços crescentes da gasolina resultam em expectativas inflacionárias mais altas.

Ainda assim, o banco central não descarta a possibilidade de deflação em termos mensais em agosto e setembro, e espera que a inflação anual fique entre 3 e 4 por cento até o final de 2018, disse Nabiullina.

"Se surgirem alguns fatores que aumentam os riscos inflacionários, precisaríamos novamente mudar para uma política mais rígida", disse Nabiulliuna.

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