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Rússia e China se unem contra guerra comercial dos EUA

Reunião de líderes em Moscou buscou fortalecer a cooperação entre os países, que assinaram diversos acordos comerciais

PUTIN E XI JINPING: visita do chinês a Moscou busca abrir uma “nova era” de amizade e fortalecer as relações econômicas entre os dois gigantes (Maxim Shipenkov/Pool/Reuters)
AB

Agência Brasil

Publicado em 6 de junho de 2019 às 09h50.

Os presidentes da Rússia e China , Vladimir Putin e Xi Jinping, lançaram uma contraofensiva em resposta à guerra comercial entre os Estados Unidos e o país asiático . A reunião dos líderes, que se realizou em Moscou, buscou fortalecer a cooperação entre os países, que assinaram diversos acordos comerciais.

"Propomos resistir à imposição de restrições infundadas ao acesso aos mercados de produtos de tecnologias da informação com a desculpa de garantia de segurança nacional, assim como à exportação de produtos de alta tecnologia", diz uma declaração assinada ontem (5) pelos dois presidentes no Kremlin, na qual Rússia e China se comprometem a ampliar a cooperação estratégica e desenvolver novas parceiras.

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O documento também ressalta os planos de "se opor à ditadura política e à chantagem na cooperação comercial e econômica internacional, e condenar a aspiração de alguns países de se acharem no direito de decidir os parâmetros de cooperação entre outros países".

Acusados de promoverem censura nas redes, Putin e Xi também prometeram "garantir o funcionamento pacífico e seguro da internet sobre a base da participação em igualdade de condições de todos os países em tal processo".

Putin e Xi ressaltaram que "nos últimos anos" as relações entre Rússia e China atingiram níveis "sem precedentes" na história e citaram como exemplo as trocas comerciais, que já superaram US$ 108 bilhões.

A China é um dos principais alvos dos Estados Unidos numa guerra comercial. Recentemente, o presidente americano, Donald Trump, ameaçou sobretaxar praticamente quase todos os bens chineses importados pelos EUA. Em resposta, Pequim alertou sobre a possível falta de terras raras, matéria-prima fundamental para a indústria de alta tecnologia, smartphones, nem automóveis. Os americanos importam da China 80% das terras raras que utilizam.

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