Rússia diz que sanções dos EUA são declaração de guerra comercial
Primeiro-ministro russo frisou que o governo Trump evidenciou sua "impotência e cedeu, da maneira mais humilhante, suas faculdades ao Congresso" dos EUA
EFE
Publicado em 3 de agosto de 2017 às 09h13.
Última atualização em 11 de janeiro de 2018 às 15h55.
Moscou - O primeiro-ministro da Rússia , Dmitri Medvedev, afirmou que as novas sanções dos Estados Unidos contra o seu país são uma declaração de "guerra comercial", em uma postagem publicada no Facebook depois que o presidente americano Donald Trump sancionou a lei correspondente na quarta-feira.
"Foi declarada uma guerra comercial contra a Rússia", escreveu o chefe de governo russo na rede social, ao também destacar que, com a promulgação das sanções, "foram enterradas as esperanças de uma melhora nas relações com o novo governo dos EUA".
Medvedev frisou que o governo Trump evidenciou sua "total impotência e cedeu, da maneira mais humilhante, suas faculdades ao Congresso" dos EUA.
"A classe dominante derrotou Trump completamente", assinalou Medvedev, que acrescentou que o tema das novas sanções contra a Rússia surgiu, em primeiro lugar, para "colocar" o presidente americano "em seu lugar".
O político russo previu que Trump será submetido a novos ataques, "cujo objetivo final é afastá-lo do poder".
Para Medvedev, a lei promulgada por Trump é muito mais dura que a emenda Jackson-Vanik, aprovada em 1974 e que restringiu o comércio com a União Soviética.
O regime de sanções dos EUA, segundo o premiê russo, "durará decênios, se não houver um milagre".
"O que isto significa para nós? Que seguiremos trabalhando tranquilamente para desenvolver nossa economia e nossa esfera social (...) com base em nossas próprias forças", escreveu o premiê.