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Rússia diz que BRICs podem criar fundo conjunto anticrise

Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul se comprometeram em aportar 75 bilhões de dólares ao FMI durante reunião do G20 nesta semana

Ministros das Finanças e chefes dos bancos centrais foram instruídos a estudar acordos de swaps cambiais e apresentar um relatório na cúpula de líderes dos BRICs (Prakash Singh/AFP)
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Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2012 às 08h21.

Moscou - Os principais países emergentes podem criar um fundo conjunto anticrise se não receberem poder de decisão no Fundo Monetário Internacional (FMI) nas propostas de reforma do sistema de votação, disse uma autoridade do governo russo.

Os líderes dos BRICs --Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul-- se comprometeram em aportar 75 bilhões de dólares ao FMI durante reunião do G20 no México esta semana, mas tentaram vincular os empréstimos a reformas no processo de votação.

Ao mesmo tempo, ministros das Finanças e chefes dos bancos centrais dos BRICs foram instruídos a estudar a possibilidade de acordos de swaps cambiais e apresentar um relatório na próxima cúpula de líderes dos BRICs, na África do Sul, em 2013.

"Está claro que os países do BRICs entraram num estágio em que podem exigir ser reconhecidos (no processo de reforma do FMI)", disse o vice-ministro das Finanças russo, Sergei Storchak, a repórteres.

"A questão dos swaps cambiais, ou talvez em algum ponto um fundo conjunto anticrise, deve ser considerada desta perspectiva", acrescentou. "Será um mecanismo paralelo em adição ao FMI." Os cinco países do BRICs representam 43 por cento da população mundial e cerca de 18 por cento da produção econômica global. Juntos, eles têm cerca de 4 trilhões de dólares em reservas, com a maior parte nas mãos da potência exportadora China.

"Queremos que os países emergentes sejam tratados com justiça. A demonstração do nosso desejo é o nosso comunicado sobre o mecanismo de swaps cambiais", disse Storchak.

A Rússia e seus parceiros ex-soviéticos Cazaquistão e Belarus já compartilham um fundo anticrise, que emprestou dinheiro a Belarus para enfrentar a crise.

As nações emergentes querem ampliar sua força dentro do FMI através do seu poder de voto, as chamadas cotas. A Rússia quer que as cotas sejam recalculadas com base no PIB e nas reservas externas de cada país.

Storchak disse que uma nova fórmula para a distribuição de cotas do FMI pode ser decidida ainda este ano, antes de a Rússia assumir a presidência do G20.


Segundo ele, os países do BRICs acreditam que os fundos disponibilizados ao FMI serão usados para lidar com os efeitos da crise na zona do euro, e disse que não houve críticas agressivas à Europa na reunião do G20 em Los Cabos, no México.

"A tarefa que os europeus enfrentam é muito concreta: quebrar a ligação entre a situação do setor bancário e a dívida soberana o mais rapidamente possível", disse Storchak.

"O quanto antes eles quebrarem essa ligação, maiores as chances deles retornarem ao caminho do crescimento." Storchak disse que a Rússia, dona da terceira maior reserva internacional de ouro do mundo, não recebeu qualquer pedido de ajuda financeira do Chipre, país da UE sofrendo com dívidas e que tem várias empresas ligadas com a Rússia.

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Moscou - Os principais países emergentes podem criar um fundo conjunto anticrise se não receberem poder de decisão no Fundo Monetário Internacional (FMI) nas propostas de reforma do sistema de votação, disse uma autoridade do governo russo.

Os líderes dos BRICs --Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul-- se comprometeram em aportar 75 bilhões de dólares ao FMI durante reunião do G20 no México esta semana, mas tentaram vincular os empréstimos a reformas no processo de votação.

Ao mesmo tempo, ministros das Finanças e chefes dos bancos centrais dos BRICs foram instruídos a estudar a possibilidade de acordos de swaps cambiais e apresentar um relatório na próxima cúpula de líderes dos BRICs, na África do Sul, em 2013.

"Está claro que os países do BRICs entraram num estágio em que podem exigir ser reconhecidos (no processo de reforma do FMI)", disse o vice-ministro das Finanças russo, Sergei Storchak, a repórteres.

"A questão dos swaps cambiais, ou talvez em algum ponto um fundo conjunto anticrise, deve ser considerada desta perspectiva", acrescentou. "Será um mecanismo paralelo em adição ao FMI." Os cinco países do BRICs representam 43 por cento da população mundial e cerca de 18 por cento da produção econômica global. Juntos, eles têm cerca de 4 trilhões de dólares em reservas, com a maior parte nas mãos da potência exportadora China.

"Queremos que os países emergentes sejam tratados com justiça. A demonstração do nosso desejo é o nosso comunicado sobre o mecanismo de swaps cambiais", disse Storchak.

A Rússia e seus parceiros ex-soviéticos Cazaquistão e Belarus já compartilham um fundo anticrise, que emprestou dinheiro a Belarus para enfrentar a crise.

As nações emergentes querem ampliar sua força dentro do FMI através do seu poder de voto, as chamadas cotas. A Rússia quer que as cotas sejam recalculadas com base no PIB e nas reservas externas de cada país.

Storchak disse que uma nova fórmula para a distribuição de cotas do FMI pode ser decidida ainda este ano, antes de a Rússia assumir a presidência do G20.


Segundo ele, os países do BRICs acreditam que os fundos disponibilizados ao FMI serão usados para lidar com os efeitos da crise na zona do euro, e disse que não houve críticas agressivas à Europa na reunião do G20 em Los Cabos, no México.

"A tarefa que os europeus enfrentam é muito concreta: quebrar a ligação entre a situação do setor bancário e a dívida soberana o mais rapidamente possível", disse Storchak.

"O quanto antes eles quebrarem essa ligação, maiores as chances deles retornarem ao caminho do crescimento." Storchak disse que a Rússia, dona da terceira maior reserva internacional de ouro do mundo, não recebeu qualquer pedido de ajuda financeira do Chipre, país da UE sofrendo com dívidas e que tem várias empresas ligadas com a Rússia.

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