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Rodovias elevam em 30% custo de escoamento de grãos

Com a elevação de custos por causa do transporte em rodoviais mal pavimentadas, soja e milho têm exportações prejudicadas

Problema da conservação de rodovias é mais grave no Norte e Nordeste (Valter Campanato/Arquivo Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2015 às 16h10.

Brasília - A má qualidade da pavimentação das rodovias brasileiras usadas no transporte de soja e milho aumenta, em média, em 30,5% o custo operacional para o escoamento dos grãos. A avaliação está em pesquisa divulgada hoje (25) pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT).

Segundo o estudo, no Norte e Nordeste o problema é mais grave, com aumento médio de 48,3% no custo. No Sul e Sudeste a qualidade das estradas implica em alta média 26% nos custos operacionais.

De acordo com a pesquisa, a malha rodoviária brasileira deixa a desejar em relação a concorrentes mundiais na exportação de soja e milho.

A CNT destacou que o Brasil tem 1,7 milhão de quilômetros (km) de rodovias, segundo o Sistema Nacional de Viação. Dessa extensão, 12,4%, ou 213 mil quilômetros estão pavimentados. Isso corresponde a 25 quilômetros de pavimentação para cada mil quilômetros quadrados de território.

“Esse índice é, em média, 18 vezes menor do que o norte-americano e 14 vezes menor que o chinês”, ressaltam os técnicos, no estudo.

Segundo o diagnóstico da entidade, as deficiências nas estradas causam alto consumo de combustível, desgaste acelerado da frota de veículos e maior índice de acidentes.

Como isso onera os custos com a realização do transporte, pode afetar os valores do frete cobrado pelo serviço. Além dos problemas de infraestrutura, a CNT considera inadequada a distribuição modal de transporte.

“Os problemas logísticos estão associados à carência e à má qualidade da infraestrutura, a uma inadequada distribuição modal [entre as diversas opções para o transporte], à falta de incentivo para a inter ou multimodalidade e à concentração geográfica das estruturas disponíveis, que leva à saturação da capacidade de escoamento de algumas regiões”, avalia a pesquisa.

O estudo destaca que os modais ferroviário e hidroviário, alternativas à rodovia, não recebem os investimentos necessários.

De acordo com a confederação, as ferrovias, por serem mais seguras, econômicas e menos poluentes do que as rodovias seriam mais apropriadas ao perfil geográfico brasileiro. Entretanto, é uma modalidade pouco utilizada e com oferta insuficiente.

Já o transporte por hidrovias, em função do baixo custo da tonelada por unidade de distância e grande capacidade de movimentação da carga, seria adequado ao traslado de produtos com baixo valor agregado, caso de commodities (produtos básicos com cotação internacional) como a soja e o milho.

“Entretanto, o modal apresenta baixa velocidade e, no caso brasileiro, reduzidas disponibilidade e frequência”, ressalta a CNT.

Para a pesquisa Transporte e Desenvolvimento - Entraves Logísticos ao Escoamento de Soja e Milho, foram entrevistados os responsáveis por logística das maiores exportadoras de soja e milho do país.

O trabalho baseia-se também em estudos anteriores da CNT, como o Plano de Transporte e Logística e a Pesquisa CNT de Rodovias, ambos de 2014.

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Brasília - A má qualidade da pavimentação das rodovias brasileiras usadas no transporte de soja e milho aumenta, em média, em 30,5% o custo operacional para o escoamento dos grãos. A avaliação está em pesquisa divulgada hoje (25) pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT).

Segundo o estudo, no Norte e Nordeste o problema é mais grave, com aumento médio de 48,3% no custo. No Sul e Sudeste a qualidade das estradas implica em alta média 26% nos custos operacionais.

De acordo com a pesquisa, a malha rodoviária brasileira deixa a desejar em relação a concorrentes mundiais na exportação de soja e milho.

A CNT destacou que o Brasil tem 1,7 milhão de quilômetros (km) de rodovias, segundo o Sistema Nacional de Viação. Dessa extensão, 12,4%, ou 213 mil quilômetros estão pavimentados. Isso corresponde a 25 quilômetros de pavimentação para cada mil quilômetros quadrados de território.

“Esse índice é, em média, 18 vezes menor do que o norte-americano e 14 vezes menor que o chinês”, ressaltam os técnicos, no estudo.

Segundo o diagnóstico da entidade, as deficiências nas estradas causam alto consumo de combustível, desgaste acelerado da frota de veículos e maior índice de acidentes.

Como isso onera os custos com a realização do transporte, pode afetar os valores do frete cobrado pelo serviço. Além dos problemas de infraestrutura, a CNT considera inadequada a distribuição modal de transporte.

“Os problemas logísticos estão associados à carência e à má qualidade da infraestrutura, a uma inadequada distribuição modal [entre as diversas opções para o transporte], à falta de incentivo para a inter ou multimodalidade e à concentração geográfica das estruturas disponíveis, que leva à saturação da capacidade de escoamento de algumas regiões”, avalia a pesquisa.

O estudo destaca que os modais ferroviário e hidroviário, alternativas à rodovia, não recebem os investimentos necessários.

De acordo com a confederação, as ferrovias, por serem mais seguras, econômicas e menos poluentes do que as rodovias seriam mais apropriadas ao perfil geográfico brasileiro. Entretanto, é uma modalidade pouco utilizada e com oferta insuficiente.

Já o transporte por hidrovias, em função do baixo custo da tonelada por unidade de distância e grande capacidade de movimentação da carga, seria adequado ao traslado de produtos com baixo valor agregado, caso de commodities (produtos básicos com cotação internacional) como a soja e o milho.

“Entretanto, o modal apresenta baixa velocidade e, no caso brasileiro, reduzidas disponibilidade e frequência”, ressalta a CNT.

Para a pesquisa Transporte e Desenvolvimento - Entraves Logísticos ao Escoamento de Soja e Milho, foram entrevistados os responsáveis por logística das maiores exportadoras de soja e milho do país.

O trabalho baseia-se também em estudos anteriores da CNT, como o Plano de Transporte e Logística e a Pesquisa CNT de Rodovias, ambos de 2014.

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