Ritmo de venda de soja da safra nova é mais lento desde 2009
Produtores de soja do Brasil venderam até o final de setembro apenas 13 por cento da produção esperada para a safra 2014/15
Da Redação
Publicado em 13 de outubro de 2014 às 13h02.
São Paulo - Produtores de soja do Brasil venderam até o final de setembro apenas 13 por cento da produção esperada para a safra 2014/15, o menor índice de vendas antecipadas para esta época desde a temporada 2009/10, apontou levantamento da AgRural divulgado nesta segunda-feira.
"A comercialização da soja 2014/15, que deverá ser colhida a partir do início do próximo ano, manteve em setembro o ritmo lento observado em agosto", afirmou a consultoria, que apontou um avanço de somente três pontos percentuais no mês passado. Um ano atrás, quando os preços estavam mais interessantes, 31 por cento da safra 2013/14 estava vendida. A média de cinco anos de vendas antecipadas para esta época é de 32 por cento.
Para a safra 2014/15, com um cenário de produção recorde nos Estados Unidos, maior produtor global, os preços de referência da bolsa de Chicago estão oscilando perto de mínimas de quatro anos, limitando vendas de produtores brasileiros.
Apesar da alta do dólar na segunda quinzena de setembro, que limita as quedas da commodity em reais, a maioria dos produtores preferiu segurar as vendas, preocupados com a baixa rentabilidade oferecida, disse a AgRural.
O maior atraso nas vendas está no Centro-Oeste, onde a evolução mensal foi de 3 pontos percentuais em setembro. "A alta do dólar estimulou os negócios, mas não o suficiente para diminuir a diferença entre os 15 por cento comercializados nesta safra e os 39 por cento de um ano atrás", afirmou a consultoria.
Em Sorriso, região médio-norte de Mato Grosso, a indicação para fevereiro caiu para 16,50 dólares a saca, contra 19,00 dólares no ano passado. As vendas no Estado somam 18 por cento, 21 pontos atrás na comparação anual. Em Mato Grosso do Sul, a comercialização evoluiu 1 ponto, para 11 por cento, contra 32 por cento um ano atrás.
Em Goiás, o índice está em 12 por cento, bem atrás dos 45 por cento do ano passado.
As vendas estão lentas também no Sul. No Paraná, 9 por cento da safra nova está comprometida, contra 22 por cento no ano passado.
Plantio
Com a continuidade do tempo quente e seco no Centro-Oeste, o plantio da safra brasileira de soja 2014/15 teve outra semana de evolução lenta, passando de 3 para 7 por cento da área total estimada para o país, segundo a AgRural.
O número é inferior aos 8 por cento de um ano atrás e aos 9 por cento da média de cinco anos.
"O atraso só não é maior porque o Paraná, onde as chuvas diminuíram após os grandes volumes registrados em setembro, retomou a semeadura em ritmo acelerado.
As plantadeiras já passaram por 20 por cento da área do Estado, ainda atrás dos 24 por cento do ano passado, mas com evolução semanal de 12 pontos percentuais." Em Mato Grosso, as altas temperaturas reduzem rapidamente a umidade do solo, que já está baixa em o todo o Estado. Com os trabalhos evoluindo lentamente, o plantio chegou a 8 por cento, contra 10 por cento no ano passado e 14 por cento na média de cinco anos.
Se as chuvas chegarem até o final do mês, como está previsto, especialistas não veem grandes problemas para a produtividade da safra 14/15, que deve atingir um recorde acima de 90 milhões de toneladas, diante do crescimento de área de até 5,5 por cento, segundo projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A Somar Meteorologia afirmou nesta segunda-feira que o padrão atmosférico começa a mudar entre os dias 18 e 22, quando as pancadas de chuva retornam para o Sudeste e Centro-Oeste, além do Paraná.
São Paulo - Produtores de soja do Brasil venderam até o final de setembro apenas 13 por cento da produção esperada para a safra 2014/15, o menor índice de vendas antecipadas para esta época desde a temporada 2009/10, apontou levantamento da AgRural divulgado nesta segunda-feira.
"A comercialização da soja 2014/15, que deverá ser colhida a partir do início do próximo ano, manteve em setembro o ritmo lento observado em agosto", afirmou a consultoria, que apontou um avanço de somente três pontos percentuais no mês passado. Um ano atrás, quando os preços estavam mais interessantes, 31 por cento da safra 2013/14 estava vendida. A média de cinco anos de vendas antecipadas para esta época é de 32 por cento.
Para a safra 2014/15, com um cenário de produção recorde nos Estados Unidos, maior produtor global, os preços de referência da bolsa de Chicago estão oscilando perto de mínimas de quatro anos, limitando vendas de produtores brasileiros.
Apesar da alta do dólar na segunda quinzena de setembro, que limita as quedas da commodity em reais, a maioria dos produtores preferiu segurar as vendas, preocupados com a baixa rentabilidade oferecida, disse a AgRural.
O maior atraso nas vendas está no Centro-Oeste, onde a evolução mensal foi de 3 pontos percentuais em setembro. "A alta do dólar estimulou os negócios, mas não o suficiente para diminuir a diferença entre os 15 por cento comercializados nesta safra e os 39 por cento de um ano atrás", afirmou a consultoria.
Em Sorriso, região médio-norte de Mato Grosso, a indicação para fevereiro caiu para 16,50 dólares a saca, contra 19,00 dólares no ano passado. As vendas no Estado somam 18 por cento, 21 pontos atrás na comparação anual. Em Mato Grosso do Sul, a comercialização evoluiu 1 ponto, para 11 por cento, contra 32 por cento um ano atrás.
Em Goiás, o índice está em 12 por cento, bem atrás dos 45 por cento do ano passado.
As vendas estão lentas também no Sul. No Paraná, 9 por cento da safra nova está comprometida, contra 22 por cento no ano passado.
Plantio
Com a continuidade do tempo quente e seco no Centro-Oeste, o plantio da safra brasileira de soja 2014/15 teve outra semana de evolução lenta, passando de 3 para 7 por cento da área total estimada para o país, segundo a AgRural.
O número é inferior aos 8 por cento de um ano atrás e aos 9 por cento da média de cinco anos.
"O atraso só não é maior porque o Paraná, onde as chuvas diminuíram após os grandes volumes registrados em setembro, retomou a semeadura em ritmo acelerado.
As plantadeiras já passaram por 20 por cento da área do Estado, ainda atrás dos 24 por cento do ano passado, mas com evolução semanal de 12 pontos percentuais." Em Mato Grosso, as altas temperaturas reduzem rapidamente a umidade do solo, que já está baixa em o todo o Estado. Com os trabalhos evoluindo lentamente, o plantio chegou a 8 por cento, contra 10 por cento no ano passado e 14 por cento na média de cinco anos.
Se as chuvas chegarem até o final do mês, como está previsto, especialistas não veem grandes problemas para a produtividade da safra 14/15, que deve atingir um recorde acima de 90 milhões de toneladas, diante do crescimento de área de até 5,5 por cento, segundo projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A Somar Meteorologia afirmou nesta segunda-feira que o padrão atmosférico começa a mudar entre os dias 18 e 22, quando as pancadas de chuva retornam para o Sudeste e Centro-Oeste, além do Paraná.