Economia

Risco de inadimplência das empresas deve aumentar no 2º semestre

A estabilidade registrada pelo Indicador Serasa Experian da Qualidade de Crédito das Empresas no último trimestre deverá ser interrompida nos próximos meses

Para economista do Serasa, a decisão do Copom de elevar a Selic  aumenta as possibilidades de “um aperto nos caixas das empresas" (Agência Brasil)

Para economista do Serasa, a decisão do Copom de elevar a Selic aumenta as possibilidades de “um aperto nos caixas das empresas" (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 21 de julho de 2011 às 11h50.

São Paulo - O risco de inadimplência das empresas ficou estável, no segundo trimestre deste ano. O Indicador Serasa Experian da Qualidade de Crédito das Empresas, que mede o desempenho avaliado em operações de empréstimos de cerca de 500 empresas no mercado, atingiu 95,7, numa escala de 0 a 100. É o mesmo patamar do período de janeiro a março e próximo do que vem sendo registrado desde o último trimestre do ano passado.

Essa estabilidade, no entanto, deverá ser interrompida nos próximos meses, prevê o gerente de indicadores de mercado da Serasa Experian, Luiz Rabi. Ele explicou que até setembro do ano passado, a qualidade do crédito, que é a capacidade de as empresas honrarem os seus pagamentos, vinha apresentando trajetória de alta e passou a ficar estável “sob o impacto do aumento dos juros e demais medidas de restrições ao crédito”.

O economista observou que a decisão tomada ontem (20) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) de elevar a taxa básica de juros, a Selic, de 12,25% para 12,50% ao ano, aumentam as possibilidades de “um crescimento mais lento da economia e de um aperto nos caixas das empresas, que passarão ter mais dificuldades em honrar pagamentos”. Foi o quinto aumento da Selic este ano.

O levantamento da Serasa mostra ainda que as grandes empresas tiveram uma ligeira melhora no segundo trimestre, com o indicador que mede a qualidade de crédito passando de 98,3 para 98,4. As empresas de porte médio repetiram a marca de 98,4 e as micro e pequenas empresas mantiveram-se em 95,6, o maior nível da séria histórica, que começou em 2007.

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