Economia

Retração do PIB em 2016 passa de 3,21% para 3,33%

Para 2017, a expectativa de recuperação se deteriorou mais um pouco, com a mediana das estimativas saindo de uma alta de 0,60% para 0,59%


	PIB do Brasil: para 2017, a expectativa de recuperação se deteriorou mais um pouco, com a mediana das estimativas saindo de uma alta de 0,60% para 0,59%
 (Divulgação via Fotos Públicas)

PIB do Brasil: para 2017, a expectativa de recuperação se deteriorou mais um pouco, com a mediana das estimativas saindo de uma alta de 0,60% para 0,59% (Divulgação via Fotos Públicas)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de fevereiro de 2016 às 08h52.

Brasília - O Produto Interno Bruto (PIB) deste ano deve ter retração de 3,33%, de acordo com o Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 15, pelo Banco Central (BC).

Na edição anterior do documento, a estimativa era de baixa de 3,21% e na de quatro semanas atrás, de recuo de 2,99%. 

Para 2017, a expectativa de recuperação se deteriorou mais um pouco, com a mediana das estimativas saindo de uma alta de 0,60% para 0,59%. O ajuste desta vez, o quarto consecutivo, foi pequeno, mas um mês atrás, a projeção era de crescimento de 1,00% da atividade.

As mudanças na Focus para inflação e atividade se intensificaram depois que o Fundo Monetário Internacional (FMI) apresentou fortes mudanças para baixo para a atividade no País. As alterações foram consideradas "significativas" pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.

A produção industrial segue como principal setor responsável pelas previsões para o PIB em 2016 e 2017. No boletim Focus, a mediana das estimativas do mercado para o setor manufatureiro revela uma expectativa de baixa de 4,20% para este ano ante -4,00% prevista na semana passada.

Na pesquisa realizada quatro semanas atrás, a mediana das estimativas estava em -3,47%. Para 2017, mantiveram-se pela terceira vez seguida as apostas de expansão de 1,50% para a indústria. Quatro semanas antes, estava em 1,80%.

Os economistas ajustaram também suas estimativas para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB, uma das principais variáveis acompanhadas pelas agências de classificação de risco.

Para 2016, a mediana das previsões saiu de 40,20% para 40,70%, ante 39,75% de quatro semanas antes. No caso de 2017, as expectativas saíram de 43,00% para 44,00% - no boletim divulgado há um mês a taxa era de 41,40%.

Setor externo

O rombo aguardado pelos economistas do setor privado para a conta corrente tem sido reduzido todas as semanas no Relatório de Mercado Focus.

Os analistas, no entanto, têm contado menos com o auxílio da balança comercial, que ainda terá saldo mais robusto neste e no próximo ano do que em 2015, mas com uma diferença menor entre os anos.

A mediana das estimativas para o superávit comercial previsto para este ano caiu agora de US$ 36,35 bilhões para US$ 36,10 bilhões. Um mês antes estava em US$ 35,50 bilhões.

Para 2017, a expectativa ficou paralisada em um superávit de US$ 39,30. Quatro edições atrás do documento, o ponto central das estimativas estava em US$ 38,80 bilhões.

No caso das previsões para a conta corrente, a mediana das expectativas de um déficit de US$ 33,00 bilhões para 2016 foi substituída pela de US$ 32,10 bilhões.

Quatro semanas antes estava em US$ 38,00 bilhões. Já para 2017, a perspectiva é de um rombo de US$ 26,75 bilhões, abaixo dos US$ 28,00 bilhões apontados na edição anterior. Quatro meses atrás, a perspectiva era de déficit de US$ 32,00 bilhões.

Para esses analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será suficiente para cobrir esse resultado deficitário nos dois anos.

A mediana das previsões para esse indicador segue em US$ 55,00 bilhões pela nona semana consecutiva, no caso de 2016.

Para 2017, a perspectiva é de um volume de entradas de US$ 60 bilhões em IDP, montante apontado pelo mercado há 18 semanas seguidas.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralBoletim FocusFMIMercado financeiroPIBPIB do Brasil

Mais de Economia

Haddad: pacote de corte de gastos será divulgado após reunião de segunda com Lula

“Estamos estudando outra forma de financiar o mercado imobiliário”, diz diretor do Banco Central

Reunião de Lula e Haddad será com atacado e varejo e não deve tratar de pacote de corte de gastos

Arrecadação federal soma R$ 248 bilhões em outubro e bate recorde para o mês