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Restrição ao crédito derruba venda de veículos em abril

A frustração de expectativas está relacionada ao crescimento da inadimplência no setor automotivo e a consequente restrição do crédito para compra de veículos

Na comparação entre as regiões, o Sudeste possui mais da metade (50,49%) dos novos automóveis e comerciais leves em circulação a partir do mês de abril (Vanderlei Almeida/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2012 às 17h56.

São Paulo – A queda de 9,95% na venda de veículos no Brasil em abril, com relação ao mesmo mês do ano passado, fez com que a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) reduzisse em 2,36 pontos percentuais a sua projeção de crescimento para o setor em 2012. Com esse resultado, a estimativa de crescimento no ano passa a ser de 3,4%.

A frustração de expectativas está relacionada ao crescimento da inadimplência no setor automotivo e a consequente restrição do crédito para compra de veículos, conforme análise da Fenabrave sobre o balanço de vendas divulgado hoje (3). A estimativa de crescimento anterior era de 5,76%.

“Temos uma inadimplência acima de 6%, que é superior ao que tivemos na crise de 2008/2009. Isso fez com que os bancos estejam mais severos na concessão de créditos. Essa conjuntura está afetando pesadamente o mercado”, avaliou o presidente da Fenabrave, Flávio Meneghetti.

A expectativa da Fenabrave, no entanto, é de alguma recuperação no segundo semestre. “Nos últimos dez anos, tivemos uma ascensão social forte. Essa nova classe média consumiu e se endividou, mas a tendência é que isso diminua. Com o orçamento familiar mais folgado e com os juros caindo, é provável que as famílias honrem os créditos recebidos e continuem a consumir”, disse o presidente.

O balanço avaliou também o desempenho de vendas por segmento. O setor de automóveis, por exemplo, teve o pior resultado desde abril de 2009, registrando queda de 10,84% nas vendas em relação a abril de 2011. Somente o segmento de máquinas agrícolas teve alta nesse comparativo, alcançando 4,84%.

A comercialização de ônibus foi a que registrou maior queda, com -21,47%. Os demais segmentos que registraram baixas foram: motos (-9,5%), caminhões (-19,77), implementos rodoviários (-14,86) e comerciais leves (-8,31%).

De acordo com o balanço, a empresa com maior participação no segmento de automóveis e comerciais leves é a Fiat, com 21,86% do total de vendas, seguida pela Volkswagen, com 20,8%. A lista segue, em porcentagens menores, com General Motors (16,9%), Ford (9,84%), Renault (6,76%), Nissan (3,52%), Honda (3,49%), Hyundai (2,92%), Citroen (2,32%) e Toyota (2,25%).

Na comparação entre as regiões, o Sudeste possui mais da metade (50,49%) dos novos automóveis e comerciais leves em circulação a partir do mês de abril. Em seguida, aparecem as regiões Sul (20,84%) e Nordeste (15,15%).

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São Paulo – A queda de 9,95% na venda de veículos no Brasil em abril, com relação ao mesmo mês do ano passado, fez com que a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) reduzisse em 2,36 pontos percentuais a sua projeção de crescimento para o setor em 2012. Com esse resultado, a estimativa de crescimento no ano passa a ser de 3,4%.

A frustração de expectativas está relacionada ao crescimento da inadimplência no setor automotivo e a consequente restrição do crédito para compra de veículos, conforme análise da Fenabrave sobre o balanço de vendas divulgado hoje (3). A estimativa de crescimento anterior era de 5,76%.

“Temos uma inadimplência acima de 6%, que é superior ao que tivemos na crise de 2008/2009. Isso fez com que os bancos estejam mais severos na concessão de créditos. Essa conjuntura está afetando pesadamente o mercado”, avaliou o presidente da Fenabrave, Flávio Meneghetti.

A expectativa da Fenabrave, no entanto, é de alguma recuperação no segundo semestre. “Nos últimos dez anos, tivemos uma ascensão social forte. Essa nova classe média consumiu e se endividou, mas a tendência é que isso diminua. Com o orçamento familiar mais folgado e com os juros caindo, é provável que as famílias honrem os créditos recebidos e continuem a consumir”, disse o presidente.

O balanço avaliou também o desempenho de vendas por segmento. O setor de automóveis, por exemplo, teve o pior resultado desde abril de 2009, registrando queda de 10,84% nas vendas em relação a abril de 2011. Somente o segmento de máquinas agrícolas teve alta nesse comparativo, alcançando 4,84%.

A comercialização de ônibus foi a que registrou maior queda, com -21,47%. Os demais segmentos que registraram baixas foram: motos (-9,5%), caminhões (-19,77), implementos rodoviários (-14,86) e comerciais leves (-8,31%).

De acordo com o balanço, a empresa com maior participação no segmento de automóveis e comerciais leves é a Fiat, com 21,86% do total de vendas, seguida pela Volkswagen, com 20,8%. A lista segue, em porcentagens menores, com General Motors (16,9%), Ford (9,84%), Renault (6,76%), Nissan (3,52%), Honda (3,49%), Hyundai (2,92%), Citroen (2,32%) e Toyota (2,25%).

Na comparação entre as regiões, o Sudeste possui mais da metade (50,49%) dos novos automóveis e comerciais leves em circulação a partir do mês de abril. Em seguida, aparecem as regiões Sul (20,84%) e Nordeste (15,15%).

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