Economia

Reservatórios dão sinais de recuperação, revela ONS

A melhora no volume de água armazenado pode ser atribuída a um início de recuperação das chuvas e a queda no consumo de energia (por se tratar de um domingo)


	Medidor do reservatório da usina hidrelétrica de Furnas: dados do ONS desta segunda mostram que nível dos reservatórios já subiu 0,9% ao longo de março
 (Reuters/Paulo Whitaker)

Medidor do reservatório da usina hidrelétrica de Furnas: dados do ONS desta segunda mostram que nível dos reservatórios já subiu 0,9% ao longo de março (Reuters/Paulo Whitaker)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de março de 2014 às 18h36.

Rio - Os reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, o mais importante do país, começa a dar os seus primeiros sinais de recuperação, ainda que estejam longe da condição ideal para afastar em definitivo o risco de racionamento de energia.

Os dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) desta segunda-feira, 10, mostram que o nível dos reservatórios já subiu 0,9 ponto porcentual ao longo de março, fechando em 35,5% da capacidade.

A melhora no volume de água armazenado pode ser atribuída a um início de recuperação das chuvas e a queda no consumo de energia (por se tratar de um domingo).

Na comparação com os anos anteriores, contudo, o nível ainda é bastante crítico, melhor apenas do que o patamar verificado em 2001, ano do racionamento de energia. O operador projeta que os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste fecharão o mês de março com 41,3% da capacidade.

Adicionalmente, as informações do operador também mostram uma boa recuperação no armazenamento dos reservatórios do Sul, que apresentam ganho acumulado de 3,3 pontos porcentuais.

Na segunda, o nível de água armazenado era de 40,6%. Além das chuvas e do menor consumo, o Sul tem recebido energia das outras regiões do país para que os seus reservatórios sejam poupados. Ontem, o Sudeste enviou 2,199 mil MW para o Sul, o que representou 24,6% da carga da energia na região.

A situação no Nordeste segue delicada, mas estável. No fechamento de ontem, os reservatórios da região operavam com 42,1% da capacidade, nível que vem se mantendo há algumas semanas, apesar da importação de energia do Norte - ontem, o Nordeste recebeu 2,479 mil MW médios. No acumulado de março, os reservatórios do Nordeste não registram nem ganho e nem perda de armazenamento.

A única região do país mais confortável neste momento é a Norte, cujo nível de armazenamento não para de subir. Na segunda, os reservatórios estavam em 83% da capacidade total, um saldo positivo de 2,1 pontos porcentuais ao longo do mês de março. Por conta dessa condição, o Norte tem exportado energia para o resto do país. Ontem, foram enviados 4,334 mil MW médios no total, sendo 2,479 mil MW médios para o Nordeste e 1,855 mil MW médios para o Sudeste.

Ontem, o consumo de energia foi de 55,742 mil MW médios, inferior ao volume estimado de 57,404 mil MW médios pelo ONS. As hidrelétricas ofertaram 40,944 mil MW médios, sendo 7,774 mil MW médios de Itaipu.

As térmicas ofertaram 14,301 mil MW médios, sendo 1,990 mil MW médios das usinas nucleares e 12,311 mil MW médios das térmicas convencionais. As eólicas ofertaram 497 MW médios. A usina a gás natural AES Uruguaiana (RS) começou a operar neste domingo, ofertando 13 MW médios.

Acompanhe tudo sobre:ÁguaONS

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor