Renovação de contratos ajuda investimentos, diz ABTP
Para Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), decisão mostra que governo adotou postura pragmática para alavancar os investimentos nos portos
Da Redação
Publicado em 13 de maio de 2014 às 17h20.
São Paulo - A notícia de que a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) liberou os primeiros pedidos de renovação antecipada de contratos de arrendamento portuário deu esperança para o setor de que os demais projetos na mesa receberão o aval das autoridades governamentais.
Para a Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), a decisão mostra que o governo adotou uma postura pragmática para alavancar os investimentos nos portos e mitigar a deficiente infraestrutura logística do país.
"Ficamos muito satisfeitos, porque vai viabilizar investimentos", disse o presidente da ABTP, Wilen Manteli.
De acordo com Manteli, a renovação antecipada é necessária para que o setor dê início a uma onda de investimentos que, na opinião dele, deve ultrapassar os R$ 10 bilhões.
Como a maioria dos contratos está na sua fase final - boa parte deles se encerra na segunda metade da década - não haveria tempo dos terminais amortizarem os intensivos investimentos característicos do setor.
E em uma situação de gargalo logístico como a enfrentada pelo país atualmente, as perdas para o comércio exterior brasileiro seriam bilionárias.
"O Brasil só tem uma saída, que é investir imediatamente nos portos", disse o presidente da ABTP.
Na época que o governo federal discutia a mudança no marco regulatório do segmento - que culminou com a Nova Lei dos Portos, n.º 12.815/2013 - os empresários portuários queriam que a regra previsse uma renovação automática do arrendamento, desde que o terminal que fizesse a solicitação estivesse em dia com suas obrigações.
A lei, no entanto, entrou em vigor com a possibilidade de renovação a critério do poder concedente.
"O setor sempre entendeu que a prorrogação deveria ser automática, mas o governo quer ter o poder de decidir prorrogar ou não", afirmou Manteli.
O ponto sobre a renovação de terminais ficou sem uma regulamentação específica e isso provocou atrasos na liberação dos projetos, segundo Manteli.
Além disso, o setor enfrentou neste último ano troca de ministros e demora na efetivação da diretoria da Antaq.
O ex-ministro Leônidas Cristino foi substituído por Antonio Henrique Pinheiro Silveira na Secretaria de Portos em outubro do ano passado e a nova diretoria da Antaq tomou posse hoje.
A nova configuração das autoridades do setor portuário agrada a iniciativa privada, pelo fato dos dirigentes terem um perfil técnico e não político.
"No atual momento estamos confiantes com o novo ministro, que conhece avaliação de empreendimento e contratos portuários", disse Manteli.
"Ele mudou para melhor o andamento dos processos e o entendimento entre o empresário e as autoridades", completou.
São Paulo - A notícia de que a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) liberou os primeiros pedidos de renovação antecipada de contratos de arrendamento portuário deu esperança para o setor de que os demais projetos na mesa receberão o aval das autoridades governamentais.
Para a Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), a decisão mostra que o governo adotou uma postura pragmática para alavancar os investimentos nos portos e mitigar a deficiente infraestrutura logística do país.
"Ficamos muito satisfeitos, porque vai viabilizar investimentos", disse o presidente da ABTP, Wilen Manteli.
De acordo com Manteli, a renovação antecipada é necessária para que o setor dê início a uma onda de investimentos que, na opinião dele, deve ultrapassar os R$ 10 bilhões.
Como a maioria dos contratos está na sua fase final - boa parte deles se encerra na segunda metade da década - não haveria tempo dos terminais amortizarem os intensivos investimentos característicos do setor.
E em uma situação de gargalo logístico como a enfrentada pelo país atualmente, as perdas para o comércio exterior brasileiro seriam bilionárias.
"O Brasil só tem uma saída, que é investir imediatamente nos portos", disse o presidente da ABTP.
Na época que o governo federal discutia a mudança no marco regulatório do segmento - que culminou com a Nova Lei dos Portos, n.º 12.815/2013 - os empresários portuários queriam que a regra previsse uma renovação automática do arrendamento, desde que o terminal que fizesse a solicitação estivesse em dia com suas obrigações.
A lei, no entanto, entrou em vigor com a possibilidade de renovação a critério do poder concedente.
"O setor sempre entendeu que a prorrogação deveria ser automática, mas o governo quer ter o poder de decidir prorrogar ou não", afirmou Manteli.
O ponto sobre a renovação de terminais ficou sem uma regulamentação específica e isso provocou atrasos na liberação dos projetos, segundo Manteli.
Além disso, o setor enfrentou neste último ano troca de ministros e demora na efetivação da diretoria da Antaq.
O ex-ministro Leônidas Cristino foi substituído por Antonio Henrique Pinheiro Silveira na Secretaria de Portos em outubro do ano passado e a nova diretoria da Antaq tomou posse hoje.
A nova configuração das autoridades do setor portuário agrada a iniciativa privada, pelo fato dos dirigentes terem um perfil técnico e não político.
"No atual momento estamos confiantes com o novo ministro, que conhece avaliação de empreendimento e contratos portuários", disse Manteli.
"Ele mudou para melhor o andamento dos processos e o entendimento entre o empresário e as autoridades", completou.