Eletrobras: relator defendeu que a receita de hidrelétricas que a Eletrobras opera no São Francisco seja direcionada ao programa de revitalização pretendido (Nadia Sussman/Bloomberg)
Reuters
Publicado em 6 de março de 2018 às 15h23.
São Paulo - O deputado federal José Carlos Aleluia (DEM-BA), relator do projeto de lei sobre a privatização da Eletrobras na Câmara dos Deputados, disse nesta terça-feira que o modelo a ser definido para a desestatização deverá gerar cerca de 1 bilhão de reais por ano para investimentos na revitalização do rio São Francisco, no Nordeste.
O plano inicial do governo definiu que a elétrica deverá direcionar 350 milhões de reais por ano para a recuperação do rio nos primeiros 15 anos após a desestatização, que cairiam para 250 milhões nos demais 15 anos. Os recursos seriam administrados por um comitê gestor.
"Só o custo de operação da transposição do São Francisco está estimado em 500 milhões de reais por ano. Velho Chico precisa parar de ser explorado por Brasília e começar a focar seus recursos para recuperar sua bacia e desenvolver seu vale", disse Aleluia em sua conta no Twitter.
Ele defendeu que a receita de hidrelétricas que a Eletrobras opera no São Francisco, por meio de sua subsidiária Chesf, seja direcionada ao programa de revitalização pretendido.
"Minha ideia é criar uma fonte própria de recursos desatrelada do Orçamento e longe de Brasília... estimativa é que repasse com a geração de energia do rio possa render até cerca de 1 bilhão de reais ao ano exclusivo para a revitalização do rio", escreveu Aleluia no Twitter.
As declarações de Aleluia foram feitas no dia em que a Câmara deverá instalar uma comissão para analisar a desestatização da Eletrobras.
O governo do presidente Michel Temer anunciou os planos de privatizar a Eletrobras ainda em agosto passado. O objetivo das autoridades é concluir a transação até o final de 2018.