Economia

Reino Unido promete cortar mais R$ 32 bi em subsídio social

O ministro das Finanças disse que estuda eliminar os subsídios às famílias grandes, assim como os estímulos à habitação para menores de 25 anos


	George Osborne: o ministro insistiu que, embora as pessoas mais ricas devam arcar com o peso da crise, "é justo" que se divida o ônus entre toda a população
 (Reuters)

George Osborne: o ministro insistiu que, embora as pessoas mais ricas devam arcar com o peso da crise, "é justo" que se divida o ônus entre toda a população (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2012 às 13h29.

Londres - O ministro das Finanças do Reino Unido, George Osborne, prometeu nesta segunda-feira cortar outros 10 bilhões de libras (R$ 32,7 bilhões) a despesa em subsídios sociais no Reino Unido para 2016-17, como mecanismo para reduzir o déficit.

Em seu discurso na convenção anual do Partido Conservador, realizada até quarta-feira em Birmingham (centro da Inglaterra), Osborne disse que estuda eliminar os subsídios às famílias grandes, assim como os estímulos à habitação para menores de 25 anos.

Esses cortes se somariam à redução de 18 bilhões de libras (R$ 58,9 bilhões) do orçamento social anunciado em 2010, que afetou os subsídios e a previdência e causou centenas de milhares de demissões no setor público.

Em seu discurso diante aos militantes "tories" (eleitores do Partido Conservador), o ministro insistiu que, embora as pessoas mais ricas devam arcar com o peso da crise, "é justo" que se divida o ônus entre toda a população, incluídos entre os cidadãos dependentes do Estado.

Assim, se comprometeu a limitar a renda dos cidadãos que recebem subsídios sociais - desempregados, jovens, mães solteiras, incapacitados e famílias numerosas com baixa renda -, de modo que "não superem os que recebem seus concidadãos que saiam para trabalhar".


Osborne também anunciou a redução dos subsídios sociais, o que foi imediatamente criticado pelas organizações de beneficência, e descartou aumentar os impostos às rendas altas.

Também desprezou a ideia de aplicar um imposto às mansões de mais de 2 milhões de libras (R$ 6,5 milhões), defendida pelos liberal-democratas, membros do governo de coalizão.

Assim, o ministro disse que, para aumentar a baixa arrecadação, o governo combaterá "sem piedade" a evasão de impostos e punirá os que tentarem evitar seu pagamento mediante manobras contábeis.

"Terminaremos o que começamos", afirmou Osborne perante seus correligionários, em alusão ao plano do governo de David Cameron de reduzir o déficit e o endividamento mediante a redução do Estado. 

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