Economia

Rei da Suécia reforça lobby para vender caças ao Brasil

O rei da Suécia Carl Gustaf aproveitou o brinde que fez hoje ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em almoço no Palácio do Itamaraty, para reforçar o lobby da empresa sueca Saab, que tenta vender o caça Gripen à Força Aérea Brasileira. Em discurso lido, antes do almoço, o rei disse que Brasil e […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

O rei da Suécia Carl Gustaf aproveitou o brinde que fez hoje ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em almoço no Palácio do Itamaraty, para reforçar o lobby da empresa sueca Saab, que tenta vender o caça Gripen à Força Aérea Brasileira. Em discurso lido, antes do almoço, o rei disse que Brasil e Suécia têm capacidade de parcerias em alta tecnologia e inovação, especialmente na área de aeronáutica.

Ele disse também que espera muito da visita que fará às instalações da Embraer, na sexta-feira, em São José dos Campos (SP), e da possibilidade de uma cooperação entre os dois países no campo aeronáutico. Sem citar a tentativa da Saab, Gustaf reiterou que espera a continuidade do diálogo e da cooperação entre os dois países.

Um pouco antes, em discurso, o presidente Lula destacou apenas o crescimento do comércio bilateral, que, segundo ele, passou de US$ 900 milhões para US$ 2,3 bilhões no período de 2003 a 2008. Ele elogiou a atuação das empresas suecas no Brasil; disse que essas empresas são conhecidas por aliar avanço tecnológico com forte compromisso social e destacou o trabalho do rei Gustaf na questão do meio ambiente.

Lula disse que conta com a Suécia como uma aliado para liberalizar o mercado de etanol na União Europeia. "Estou convencido de que a Suécia e o Brasil têm um papel decisivo a desempenhar na COP 16, no México, ainda neste ano", disse o presidente, referindo-se à conferência do clima que será realizada no país. "Com iniciativas inovadoras em energia renovável, limpa e eficiente, estamos apontando a direção a seguir", concluiu.

O presidente não fez qualquer menção sobre os caças que serão adquiridos pela FAB. A preferência do governo brasileiro é pelo modelo francês.

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