Economia

Refinarias europeias reforçam estratégia para sobreviver

"Operações comerciais precisam completamente integradas com os aspectos técnicos. Tem sido a coisa mais importante na qual nos concentramos", diz gerente


	Refinaria de petróleo: a revolução de petróleo de xisto dos Estados Unidos tem mudado os fluxos de petróleo ao redor do mundo e empurrado alguns tipos, como o petróleo leve e de baixo teor de enxofre da Nigéria, para fora de seus mercados tradicionais
 (Clement Sabourin/AFP)

Refinaria de petróleo: a revolução de petróleo de xisto dos Estados Unidos tem mudado os fluxos de petróleo ao redor do mundo e empurrado alguns tipos, como o petróleo leve e de baixo teor de enxofre da Nigéria, para fora de seus mercados tradicionais (Clement Sabourin/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2015 às 15h51.

Bruxelas - Refinarias europeias estão adotando estratégias astutas e flexíveis de operadores para garantir sua sobrevivência conforme o setor enfrenta maior encolhimento, disseram delegados em uma conferência do setor.

Tempos difíceis têm forçado as refinarias a escolher entre uma gama maior de tipos de petróleo, carregar matéria-prima de uma unidade para outra em busca do melhor mix de produtos e pedir o máximo possível de desconto dos fornecedores.

"Operações comerciais precisam ser total e completamente integradas com os aspectos técnicos. Tem sido a coisa mais importante na qual nos concentramos. Você tem que procurar os petróleos mais desafiadores", disse o gerente-geral da refinaria italiana Saras, Dario Scaffardi, no encontro anual Refining Summit organizado pela consultoria Platts.

Scaffardi disse que sua refinaria processou 30 a 35 tipos diferentes de petróleo em 2015, o dobro do ano anterior.

A revolução de petróleo de xisto dos Estados Unidos tem mudado os fluxos de petróleo ao redor do mundo e empurrado alguns tipos, como o petróleo leve e de baixo teor de enxofre da Nigéria, para fora de seus mercados tradicionais, obrigando os vendedores de petróleos mais pesados e difíceis de processar a cortar preços para assegurar compradores.

A estratégia segue movimentos similares aos da Shell e da Total, que estão aproximando as operações de refino e comercialização para melhorar lucros em meio à queda dos preços e conforme casas de comércio independentes colidem com seus negócios.

Refinarias presentes na conferência disseram que enquanto sua indústria enfrenta uma década de dificuldades, com mais fechamentos a caminho, a nova gama de petróleos disponíveis pode manter refinarias europeias mais ágeis abertas enquanto seus competidores menos flexíveis fecharão.

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