Economia

Refinarias da Ásia correm em busca de petróleo diante de tensões

Como parte de onda de retaliações às tarifas norte-americanas, China ameaçou aplicar uma taxa de 25 por cento sobre importações de petróleo dos EUA

Petróleo: pressionado por Washington, Seul interrompeu todos os pedidos do produto iraniano (Christian Hartmann/Reuters)

Petróleo: pressionado por Washington, Seul interrompeu todos os pedidos do produto iraniano (Christian Hartmann/Reuters)

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Reuters

Publicado em 6 de julho de 2018 às 15h57.

Singapura - As refinarias de petróleo asiáticas estão correndo para garantir o fornecimento de óleo, antecipando-se à intensificação da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, e já que Washington planeja duras sanções contra o Irã, visando cortar o país dos mercados mundiais.

Como parte de uma onda de retaliações às tarifas norte-americanas, a China ameaçou aplicar uma taxa de 25 por cento sobre as importações de petróleo dos EUA. Enquanto isso, as novas sanções norte-americanas contra Teerã devem entrar em vigor a partir de novembro.

Esse golpe duplo está levando as refinarias asiáticas a se moverem rapidamente, com a Coreia do Sul liderando o movimento. Pressionado por Washington, Seul interrompeu todos os pedidos de petróleo iraniano, de acordo com fontes.

"Como a economia sul-coreana depende muito do comércio, não será bom para a Coreia do Sul se a desaceleração econômica global acontecer por causa de uma disputa comercial entre EUA e China", disse Lee Dal-seok, pesquisador sênior do Korea Economic Institute.

Na China, a mídia estatal atacou a administração do presidente dos EUA, Donald Trump, chamando-a de "um bando de bandidos", com autoridades prometendo retaliação. Em pé na linha de fogo está o fornecimento de petróleo dos EUA para a China, que foi de virtualmente zero antes de 2007 para 400 mil barris por dia.

(Por Henning Gloystein, Florence Tan, Jane Chung, Meng Meng e Osamu Tsukimori)

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