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Da Redação
Publicado em 30 de abril de 2010 às 15h42.
Washington - O crescimento econômico nos Estados Unidos foi de 3,2% em ritmo anual no primeiro trimestre do ano, e embora inferior às previsões dos analistas a cifra levou o presidente Barack Obama a afirmar que a economia de seu país está "bem melhor do que há um ano".
"O que esta cifra significa é que nossa economia como um todo está num lugar muito melhor do que há um ano", afirmou aos jornalistas, recordando, no entanto, que "os americanos ainda têm um longo caminho a percorrer na direção da recuperação".
O crescimento do país chegou a 3,2% em relaçao ao trimestre anterior, segundo o departamento do Trabalho, quando a média calculada pelos economistas era de 3,3%.
O inverno (hemisfério norte) marcou assim o terceiro trimestre consecutivo de alta da atividade da primeira potência econômica do mundo, confirmando a continuação da recuperação da pior crise econômica desde os anos 1930.
Durante os três meses do outono (hemisfério norte), o PIB aumentou 5,6% em ritmo anual, o maior crescimento em seis anos. Apesar de tudo, os observadores do mercado comemoraram as novidades sobre o consumo dos lares, motor tradicional da economia americana, ter crescido 3,6%.
"Os consumidores estão gastando muito mais em quase tudo", explicou Joel Naroff, da Naroff Economic Advisors. O gasto do consumidor sitou-se assim em seu nível mais elevado desde o início de 2007, antes de ser atingido por uma crise econômica que eliminou oito milhões de postos de trabalho nos Estados Unidos.
O gasto em bens duradouros deu um pulo de 11,3% em relação ao trimestre anterior. O gasto em serviços também cresceu em seu ritmo mais rápido desde os primeiros meses de 2007. "O aumento no PIB real no primeiro trimestre reflete primeiramente as contribuições positivas do consumo pessoal", afirmou o departamento do Trabalho.
As empresas também prosseguiram com a recuperação, o que impulsionou o crescimento. De acordo com Dean Barker, do Centro para a Pesquisa sobre Economia e Política, esta é a primeira recuperação real das empresas desde o primeiro trimestre de 2008.
O principal golpe foi a queda do gasto público, -3,8%, em nível estatal e local, já que as autoridades tentaram nivelar seus balanços. Mas apesar das cifras positivas, há quem acredite que o ritmo atual de crescimento não é suficientemente robusto para manter a recuperação econômica.
"As cifras são uma nova confirmação do fim da recessão e que a recuperação é apenas moderada e decepcionante", afirmou Peter Morici, da Universidade de Maryland.
"A informação não é animadora nem se olhar para mais adiante. Depois de uma recessão tão longa e danosa, devemos esperar vários trimestres com um crescimento de 5%", concluiu.