Economia

Recessão acabou e país começa novo ciclo, diz ministro

Segundo Dyogo Oliveira, ministro do Planejamento, o desempenho do Brasil é resultado de um "árduo trabalha feito pelo governo com transparência e realismo"

Dyogo: segundo ele, aparentemente, o País está encerrando oito trimestres de recuo da atividade econômica (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Dyogo: segundo ele, aparentemente, o País está encerrando oito trimestres de recuo da atividade econômica (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de maio de 2017 às 12h28.

São Paulo - O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou nesta quarta-feira, 10, que, mesmo ainda sem ter os dados oficiais, acabou a maior recessão da história do Brasil. Segundo ele, aparentemente, o País está encerrando oito trimestres de recuo da atividade econômica.

"Provavelmente, estamos começando o que será o novo ciclo de crescimento, o que nos permitirá a ter uma perspectiva de futuro mais alentadora", disse Dyogo, que participa da abertura da 9ª edição do Congresso Anbima de Fundos de Investimento, organizado pela Associação Brasileira dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima).

Ao citar dados da economia, como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado nesta quarta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre de 0,9%, Dyogo argumentou que esse desempenho é resultado de um "árduo trabalha feito pelo governo com transparência e realismo".

Contas públicas

Ele disse, porém, que este ano haverá déficit primário pelo terceiro ano seguido e em 2018 deve ser marcado por novo déficit. "É um cenário desafiador."

Reformas

"Há a percepção que o País está adotando um conjunto amplo de reformas", disse Dyogo, falando que o risco país caiu pela metade quando se compara o primeiro trimestre de 2017 com o mesmo período de 2016. "A boa notícia é o fim da recessão."

Ambiente de negócios

O ministro disse que o Brasil está na direção certa para a retomada do crescimento, para a melhora do ambiente de negócios e que as condições para a retomada da economia estão se formando.

Ele ressaltou que o ciclo atual da retomada tem sido mais lento, mas destacou em sua apresentação alguns pontos de melhora, incluindo a redução do endividamento das famílias, que recuou 30 pontos porcentuais, com estabilização em 8% no setor imobiliário, e abre espaço para a retomada do crédito, além da melhora do endividamento do setor corporativo. "Temos estabilização da inadimplência das pessoas jurídicas."

Dyogo salientou que o presidente Michel Temer resolveu assumir "duros riscos" políticos para fazer as reformas e mostrou para a sociedade a situação complicada das contas fiscais. "O novo regime fiscal levará à redução da despesa em relação ao tamanho da economia."

O ministro ressaltou que a agenda de reformas do governo teve implicações concretas e, além de reduzir a percepção de risco do Brasil, já levou uma agência de classificação de risco a mudar a perspectiva para o rating soberano brasileiro. A Moody's mudou a perspectiva de "negativa" para "estável" em março.

Acompanhe tudo sobre:Crise econômicaeconomia-brasileiraMinistério do Planejamento

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto