Economia

Realismo de pacote de ajuda à Grécia é elogiado por economistas

Atenas- A Grécia prometeu fazer cortes ainda mais profundos em seu orçamento sob um pacote de austeridade anunciado neste domingo, mas ainda levará dois anos para reduzir seu déficit para níveis abaixo dos limites da União Europeia. O acordo com a UE e o Fundo Monetário Internacional (FMI) foi elogiado por economistas por fazer um […]

O retrato feito pelo governo do primeiro ministro George Papandreou não convenceu o FMI e a UE, que pedirão maiores sacrifícios ao país (.)

O retrato feito pelo governo do primeiro ministro George Papandreou não convenceu o FMI e a UE, que pedirão maiores sacrifícios ao país (.)

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Da Redação

Publicado em 2 de maio de 2010 às 14h52.

Atenas- A Grécia prometeu fazer cortes ainda mais profundos em seu orçamento sob um pacote de austeridade anunciado neste domingo, mas ainda levará dois anos para reduzir seu déficit para níveis abaixo dos limites da União Europeia.

O acordo com a UE e o Fundo Monetário Internacional (FMI) foi elogiado por economistas por fazer um retrato mais realista da economia grega e da redução do déficit do país do que o governo havia pintado anteriormente.

Sob os novos planos, a Grécia espera que seu Produto Interno Bruto (PIB) se contraia 4 por cento em 2010, contra uma previsão anterior do governo de queda de 2,85 por cento. A economia deve voltar a crescer em 2012, não em 2011 como se afirmava anteriormente.

"As medidas que estão sendo tomadas agora são aquelas que os economistas vinham pedindo há anos", disse Gikas Hardouvelis, professor de economia da Universidade Piraeus. "Minha visão é de que eles são suficientes para tirar a Grécia da crise".

O ministro das Finanças, George Papaconstantinou, disse em entrevista coletiva que a ajuda, que abrirá caminho para um pacote de resgate da UE e do FMI que deve chegar a 120 bilhões de euros, incluirá uma redução no déficit orçamentário de 30 bilhões de euros em três anos, número maior do que muitos esperavam.

Mas o déficit cairá de forma mais lenta, chegando a 8,1 por cento do PIB em 2010, contra 13,6 por cento no ano passado, e depois indo a 7,6 por cento em 2011 e 6,5 por cento em 2012. Ele não cairá para baixo do limite da UE, de 3 por cento do PIB, até 2014.

As previsões para a redução da dívida também se tornaram mais modestas. Estimativas anteriores do governo davam conta que a dívida chegaria a 120,6 por cento do PIB em 2011. Sob os novos planos, a dívida continuará crescendo por quatro anos e atingirá 150 por cento do PIB em 2013.

Papaconstantinou disse que as medidas incluíam uma elevação no imposto sobre valor agregado (IVA) para 23 por cento, contra 21 por cento; um aumento adicional de 10 por cento na taxação sobre combustível, álcool e tabaco e uma redução ainda maior nos salários e aposentadorias do setor público.

(Reportagem adicional de Renee Maltezou, Harry Papachristou e Dina Kyriakidou)

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