Economia

Reajuste de luz pesará mais na inflação de maio, diz FGV

Na capital mineira, o reajuste praticado pela Cemig a partir de 8 de abril fez com que a tarifa de energia no IPC subisse 13,45%


	Conta de luz: superintendente adjunto de Inflação da FGV, Salomão Quadros, ressaltou que boa parte do impacto de reajustes ficou para maio
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Conta de luz: superintendente adjunto de Inflação da FGV, Salomão Quadros, ressaltou que boa parte do impacto de reajustes ficou para maio (Marcos Santos/USP Imagens)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2014 às 15h48.

Rio - Os reajustes nas tarifas de energia elétrica residencial foram um dos destaques no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de abril, no âmbito do IGP-DI.

No mês passado, o item subiu 1,30%, contra queda de 0,04% em março. O resultado reflete aumentos observados em Belo Horizonte, Salvador e Recife.

Na capital mineira, o reajuste praticado pela Cemig a partir de 8 de abril fez com que a tarifa de energia no IPC subisse 13,45%. Em Salvador, a alta, em vigor desde 22 de abril, ficou em 2,84%.

Já na capital pernambucana, restou apenas pequena parte do reajuste concedido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), já que a nova tarifa passou a ser cobrada em 29 de abril (penúltimo dia de apuração do IGP-DI). Com isso, a tarifa de Recife subiu 1,37%.

O superintendente adjunto de Inflação da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros, ressaltou ainda que boa parte do impacto desses reajustes ficou para maio, dada a magnitude das taxas (superiores a 10%), e deve começar a aparecer nos próximos IGPs.

Além disso, novos aumentos podem entrar no radar do indicador, diante do calendário das distribuidoras.

No Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação mensurado pelo IBGE, o impacto pode ser ainda mais intenso, destacou Quadros.

Isso porque a apuração da FGV é concentrada nas capitais, enquanto o IBGE coleta preços também nas regiões metropolitanas, onde outras distribuidoras têm pleiteado - e conquistado - aumentos maiores até que 20%.

"O reajuste de energia elétrica pode perfeitamente ultrapassar 10% na média deste ano", disse Quadros.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEnergiaEnergia elétricaEstatísticasFGV - Fundação Getúlio VargasIndicadores econômicosInflaçãoIPCPreçosReajustes de preçosSaláriosServiços

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor