Quarta Revolução Industrial é "um novo capítulo do desenvolvimento humano" (Easy_Company/Getty Images)
João Pedro Caleiro
Publicado em 17 de maio de 2018 às 13h01.
Última atualização em 17 de maio de 2018 às 15h09.
São Paulo - "A tecnologia pode levantar a questão do que significa ser humano".
A frase é de Thomas Phillbeck, chefe do departamento de Estudos de Ciência e Tecnologia do Fórum Econômico Mundial, na Suíça, onde analisa a convergência entre sociedade, negócios, filosofia e tecnologia.
Seu foco é a Quarta Revolução Industrial, que ele define como "um novo capítulo do desenvolvimento humano que vem sendo impulsionado por tecnologias extraordinárias".
Entre elas, Phillbeck cita a plataforma para ativos digitais blockchain, a impressão 3D e a impressão multidimensional.
Quem vai ganhar com isso? Segundo ele, as evidências atuais mostram que são aqueles com os "meios de produção": ou seja, as empresas de tecnologia.
Além disso, ganham todos que promoverem "inclusão, sustentabilidade e diversidade" e tiverem habilidade para colaborar através das fronteiras, tanto nacionais quanto institucionais.
Phillbeck também vê potencial em "profissões conectadas com a inteligência emocional humana". Mas e os perdedores?
Segundo ele, há grupos em risco de marginalização, mas é possível suavizar esse impacto com programas de requalificação e aprendizado, e também com mudanças na rede de segurança social.
"Esse grupo de pessoas vai se tornar os perdedores se o resto de nós falhar com nossas responsabilidades", diz ele, apontando que as pessoas precisam de estabilidade e segurança justamente para tomarem riscos.
Phllbeck participou do seminário "Como será o trabalho à luz das novas tecnologias?”, realizado pela FecomercioSP no dia 27 de abril.
Ele aproveitou para gravar uma entrevista com o jornalista Jaime Spitzcovsky para a plataforma Um Brasil e que foi antecipada com exclusividade para EXAME.
Veja a entrevista completa com legendas:
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=7IDuGMD1Oec%5D