Queda da inadimplência deve estimular crescimento
De acordo com o professor, o que tem estimulado essa melhora no cenário é a redução da taxa básica de juros, a Selic, que serve de referência para as demais taxas
Da Redação
Publicado em 17 de agosto de 2012 às 15h10.
Brasília – A desaceleração da economia no segundo trimestre deste ano foi mais branda do que o mercado financeiro imaginava e a tendência é que haja retomada neste semestre, com resultados mais favoráveis em 2013. A avaliação é do professor Robson Gonçalves, da Fundação Getulio Vargas (FGV) de São Paulo.
Para o professor, as estimativas do mercado financeiro estão sendo reduzidas muito rapidamente. Na última segunda-feira (13), o boletim Focus, resultado de pesquisa do Banco Central (BC) com analistas do mercado financeiro, mostrou a segunda redução seguida na projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país. A estimativa passou de 1,85% para 1,81%. Há quatro semanas, essa projeção estava em 1,9%.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado hoje (17), mostrou crescimento de 0,38%, no segundo trimestre deste ano, ante o período de janeiro a maio deste ano. Na comparação do primeiro trimestre deste ano com o quarto trimestre do ano passado, o crescimento havia chegado a 0,63%. Já os dados mensais mostraram que em junho, a expansão de 0,75% foi a maior desde março de 2011 (1,47%).
Para Gonçalves, a retomada do crescimento econômico neste semestre será puxada pela redução da inadimplência , que apresenta sinais de recuo. Ele acrescentou que, com o pagamento das dívidas pelas famílias, será possível haver retomada da expansão da demanda por produtos e serviços.
De acordo com o professor, o que tem estimulado essa melhora no cenário é a redução da taxa básica de juros, a Selic, que serve de referência para as demais taxas. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) vem cortado a Selic desde agosto do ano passado. Atualmente, a taxa básica está em 8% ao ano. “A Selic em níveis mais baixos da história favoreceu a contenção da inadimplência”, destacou.
Já os outros estímulos à economia anunciados pelo governo este ano só devem surtir efeito em 2013, na avaliação de Gonçalves. “O próximo ano será mais favorável”, acredita. Para o professor, a economia brasileira deve crescer 2%, este ano, e 4%, em 2013.
Um dos estímulos do governo para a economia foi anunciado na última quarta-feira (15), com o lançamento do programa de concessões de rodovias e ferrovias. Ontem (16), o Ministério da Fazenda anunciou o aumento de R$ 42,2 bilhões no limite de contratação de operação de crédito para 17 estados.
Este ano, o governo também reduziu impostos para estimular a venda de eletrodomésticos, móveis e carros e anunciou medidas para agilizar as compras governamentais. Também houve redução da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), usada em financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de 6% para 5,5%.
Brasília – A desaceleração da economia no segundo trimestre deste ano foi mais branda do que o mercado financeiro imaginava e a tendência é que haja retomada neste semestre, com resultados mais favoráveis em 2013. A avaliação é do professor Robson Gonçalves, da Fundação Getulio Vargas (FGV) de São Paulo.
Para o professor, as estimativas do mercado financeiro estão sendo reduzidas muito rapidamente. Na última segunda-feira (13), o boletim Focus, resultado de pesquisa do Banco Central (BC) com analistas do mercado financeiro, mostrou a segunda redução seguida na projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país. A estimativa passou de 1,85% para 1,81%. Há quatro semanas, essa projeção estava em 1,9%.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado hoje (17), mostrou crescimento de 0,38%, no segundo trimestre deste ano, ante o período de janeiro a maio deste ano. Na comparação do primeiro trimestre deste ano com o quarto trimestre do ano passado, o crescimento havia chegado a 0,63%. Já os dados mensais mostraram que em junho, a expansão de 0,75% foi a maior desde março de 2011 (1,47%).
Para Gonçalves, a retomada do crescimento econômico neste semestre será puxada pela redução da inadimplência , que apresenta sinais de recuo. Ele acrescentou que, com o pagamento das dívidas pelas famílias, será possível haver retomada da expansão da demanda por produtos e serviços.
De acordo com o professor, o que tem estimulado essa melhora no cenário é a redução da taxa básica de juros, a Selic, que serve de referência para as demais taxas. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) vem cortado a Selic desde agosto do ano passado. Atualmente, a taxa básica está em 8% ao ano. “A Selic em níveis mais baixos da história favoreceu a contenção da inadimplência”, destacou.
Já os outros estímulos à economia anunciados pelo governo este ano só devem surtir efeito em 2013, na avaliação de Gonçalves. “O próximo ano será mais favorável”, acredita. Para o professor, a economia brasileira deve crescer 2%, este ano, e 4%, em 2013.
Um dos estímulos do governo para a economia foi anunciado na última quarta-feira (15), com o lançamento do programa de concessões de rodovias e ferrovias. Ontem (16), o Ministério da Fazenda anunciou o aumento de R$ 42,2 bilhões no limite de contratação de operação de crédito para 17 estados.
Este ano, o governo também reduziu impostos para estimular a venda de eletrodomésticos, móveis e carros e anunciou medidas para agilizar as compras governamentais. Também houve redução da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), usada em financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de 6% para 5,5%.