Economia

Quase um terço dos portenhos vive abaixo da linha da pobreza

O governo de Buenos Aires divulgou que 28,4% dos moradores da cidade tem renda inferior ao custo total que determina a linha de pobreza em 2013


	Buenos Aires: índice mostra redução de 1,5% com relação ao ano anterior
 (Wikimedia Commons)

Buenos Aires: índice mostra redução de 1,5% com relação ao ano anterior (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 4 de junho de 2014 às 13h52.

Buenos Aires - O governo de Buenos Aires divulgou nesta quarta-feira que 28,4% dos moradores da cidade tem renda inferior ao custo total que determina a linha de pobreza em 2013, uma redução de 1,5% com relação a um ano antes.

Os números de indigência, que incluem os portenhos com renda insuficiente para satisfazer as necessidades básicas alimentícias, também diminuíram a 5,6% do total em 2013 contra 7,8% em 2012, conforme os dados provisórios da Pesquisa Anual de Lares da Direção Geral de Estatísticas e Censos do governo de Buenos Aires.

Como possíveis causas da redução da pobreza e a indigência, a pesquisa assinala o aumento de renda "em níveis similares à inflação" em 2013, que consultoras privadas situaram em 28,3%, e despesas significativas, como o aluguel do imóvel, que subiram abaixo desse número.

O aumento salarial médio em 2013 foi de 26,1%, enquanto as aposentadorias, pensões e subsídios familiares, com maior impacto nas famílias com menores rendas, aumentaram acima de 30%.

A pesquisa adverte que "em vista do que aconteceu desde a desvalorização de janeiro de 2014 (fortes aumento em alimentos, transportes e serviços públicos) é esperado um aumento no número de domicílios e pessoas com renda insuficiente para este ano".

O Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec) suspendeu a publicação dos números oficiais de pobreza, por isso os dados em nível nacional para 2013 são desconhecidos.

O Indec tomou a decisão de suspender temporariamente a publicação destas estatísticas após iniciar um novo método de medição da taxa de inflação que arrojou níveis muito superiores aos admitidos até então.

De acordo com o novo Índice de Preços ao Consumidor, a Argentina acumulou uma inflação de 11,5% no primeiro quadrimestre do ano.

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