Quanto mais rico, mais anos de vida, diz estudo
Expectativa de vida cresce muito mais rápido entre os mais ricos; mulheres mais pobres nascidas em 1940 vivem menos do que aquelas nascidas em 1920
João Pedro Caleiro
Publicado em 7 de fevereiro de 2015 às 06h00.
São Paulo - Dinheiro não traz felicidade, mas pelo menos te compra tempo para encontrá-la: a expectativa de vida dos mais ricos está crescendo muito mais rápido que a dos mais pobres.
A conclusão é de um estudo dos economistas Barry P. Bosworth e Kathleen Burke para o Brooking Institution publicado no ano passado.
"Para os homens, os ganhos são de cerca de dois anos para indivíduos no primeiro decil (os 10% mais pobres) e seis anos para aqueles no topo da distribuição (os 10% mais ricos). Em contraste, a expectativa de vida está caindo para as mulheres nos degraus mais baixos e aumentando em 2-3 anos para aquelas no topo da distribuição", escrevem eles.
A dupla utilizou um banco de dados da Universidade de Michigan que reuné informações sobre saúde e estado socioeconômico de 26 mil pessoas ao longo de praticamente um século, com entrevistas a cada dois anos.
A vantagem desse método é que ao acompanhar as mudanças na vida dos mesmos indivíduos, ele consegue documentar as mudanças nas trajetórias de vida no momento em que elas acontecem.
Um homem do décimo mais pobre da sociedade nascido em 1920 poderia, ao chegar aos 55 anos, esperar 22,6 anos a mais de vida (77,6 no total). Já um homem do mesmo estrato social nascido em 1940 poderia, ao chegar nos 55, esperar mais 24,2 anos (79 no total).
Agora pense em um homem nascido em 1920 que chega aos 55 no estrato mais alto da sociedade: este pode esperar viver 29 anos a mais (expectativa de vida de 84 anos). Para a geração nascida em 1940, a soma cresceu 6 anos, para 34,9 - ou seja, uma expectativa de vida de praticamente 90 anos.
A situação é bem mais grave para as mulheres: entre as 40% mais pobres, a perspectiva de novos anos de vida é pior para as que nasceram em 1940 do que era para aquelas nascidas em 1920. Ou seja, só as 60% mais ricas tiveram ganho de expectativa de vida no período.
São Paulo - Dinheiro não traz felicidade, mas pelo menos te compra tempo para encontrá-la: a expectativa de vida dos mais ricos está crescendo muito mais rápido que a dos mais pobres.
A conclusão é de um estudo dos economistas Barry P. Bosworth e Kathleen Burke para o Brooking Institution publicado no ano passado.
"Para os homens, os ganhos são de cerca de dois anos para indivíduos no primeiro decil (os 10% mais pobres) e seis anos para aqueles no topo da distribuição (os 10% mais ricos). Em contraste, a expectativa de vida está caindo para as mulheres nos degraus mais baixos e aumentando em 2-3 anos para aquelas no topo da distribuição", escrevem eles.
A dupla utilizou um banco de dados da Universidade de Michigan que reuné informações sobre saúde e estado socioeconômico de 26 mil pessoas ao longo de praticamente um século, com entrevistas a cada dois anos.
A vantagem desse método é que ao acompanhar as mudanças na vida dos mesmos indivíduos, ele consegue documentar as mudanças nas trajetórias de vida no momento em que elas acontecem.
Um homem do décimo mais pobre da sociedade nascido em 1920 poderia, ao chegar aos 55 anos, esperar 22,6 anos a mais de vida (77,6 no total). Já um homem do mesmo estrato social nascido em 1940 poderia, ao chegar nos 55, esperar mais 24,2 anos (79 no total).
Agora pense em um homem nascido em 1920 que chega aos 55 no estrato mais alto da sociedade: este pode esperar viver 29 anos a mais (expectativa de vida de 84 anos). Para a geração nascida em 1940, a soma cresceu 6 anos, para 34,9 - ou seja, uma expectativa de vida de praticamente 90 anos.
A situação é bem mais grave para as mulheres: entre as 40% mais pobres, a perspectiva de novos anos de vida é pior para as que nasceram em 1940 do que era para aquelas nascidas em 1920. Ou seja, só as 60% mais ricas tiveram ganho de expectativa de vida no período.