Armas: Putin destaca que o volume de pedidos de armamento russo no exterior se mantém estável (Alex Wong/Getty Images)
EFE
Publicado em 12 de dezembro de 2016 às 13h47.
Moscou - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, pediu nesta segunda-feira aos exportadores nacionais de armas para que as ofereçam aos países que lutam contra o terrorismo jihadista, incluindo Síria, Líbia, Iraque e Afeganistão.
"É preciso prestar especial atenção à geografia dos fornecimentos Regiões inteiras do mundo enfrentam o aumento da violência e a ameaça terrorista. Os exemplos são bem conhecidos: Síria, Líbia, Iraque, Afeganistão", disse Putin em reunião sobre a cooperação técnico-militar com outros países.
A Rússia, acrescentou o chefe do Kremlin, "pode oferecer aos clientes os meios mais avançados para a luta antiterrorista, não só armas para o combate corpo a corpo, mas também aviação, defesa antiaérea, artilharia reativa, blindados".
Todo esse armamento, que sempre foi associado com as guerras convencionais, "ajuda a lutar com sucesso contra os terroristas, que de fato criaram grupos armados de grande tamanho e organizados, que frequentemente dispõem de especialistas formados no exército e de armas modernas".
Putin destacou que, apesar das dificuldades financeiras de muitos países atualmente, o volume de pedidos de armamento russo no exterior se mantém estável, em torno de US$ 50 bilhões.
No ano passado, segundo o presidente russo, as armas foram exportadas para 58 países, e mais de cem estão entre os parceiros de Moscou no âmbito da cooperação técnico-militar.
"Nosso país se mantém com segurança no segundo lugar neste campo (atrás somente dos Estados Unidos), à frente da França, Alemanha e Reino Unido", destacou.
As operações militares russas na Síria aumentaram a demanda de armas russas no mercado mundial, segundo dados do Serviço Federal da Rússia para a Cooperação Técnico-Militar. Em 2015, a Rússia exportou US$ 14,5 bilhões em armas.