Economia

Protecionismo de Trump não preocupa Brasil, diz diretor da Fiesp

Segundo Zanotto, um próximo encontro com o embaixador americano está sendo agendado para depois que todo o gabinete de Trump estiver montado

"Nós não somos, para os EUA, um problema. Somos deficitários na parte comercial, ou seja, importamos mais do que exportamos" (.)

"Nós não somos, para os EUA, um problema. Somos deficitários na parte comercial, ou seja, importamos mais do que exportamos" (.)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de fevereiro de 2017 às 20h36.

São Paulo - Após uma reunião com o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Michael Mckinley, o diretor do departamento de Relações Institucionais e Comércio Exterior (Derex) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Thomaz Zanotto, afirmou que o estilo protecionista e nacionalista do novo presidente dos EUA, Donald Trump, não preocupa o Brasil.

"Nós não somos, para os EUA, um problema. Somos deficitários na parte comercial, ou seja, importamos mais do que exportamos. O problema de imigração dos brasileiros para os EUA é muito pequeno. E as empresas americanas que estão no Brasil não tiram emprego dos americanos, na maior parte dos casos", explicou Zanotto.

Sobre as questões abordadas com o embaixador, Zanotto citou a sinergia dos setores do agronegócio, "que não tem sido devidamente explorada".

"Se você pegar os países do Mercosul e os EUA, nós somos a resposta à segurança alimentar no mundo. Então podemos trabalhar nisso. Chegamos ate a discutir uma iniciativa na África", disse o diretor, sem dar mais detalhes.

Segundo Zanotto, um próximo encontro com o embaixador está sendo agendado para depois que todo o gabinete de Trump estiver montado, especialmente o posto de secretário de comércio, que cuida de questões relacionadas a comércio exterior. Ainda não há previsão de data, mas a reunião deverá acontecer na sede da Fiesp, em São Paulo.

McKinley, indicado pelo ex-presidente Barack Obama, está no Brasil há apenas um mês, após ocupar o posto no Afeganistão. McKinley tem carreira diplomática e não política.

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