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Projeção de investimento em materiais de construção recua

No mês de julho, apenas 51% dos empresários manifestaram ter intenção de investir nos próximos 12 meses, patamar mais baixo desde outubro de 2009

Consrução: recuo é atribuído ao adiamento de compras por parte do consumidores (Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2014 às 11h04.

São Paulo - A pretensão de investir entre os empresários da indústria de materiais de construção caiu para o pior nível desde outubro de 2009.

No mês de julho, apenas 51% dos empresários manifestaram ter intenção de investir nos próximos 12 meses. O patamar é o mais baixo desde outubro de 2009, quando apenas 47% planejavam investir.

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O resultado de julho também representa um forte queda em relação aos 60% de junho e aos 70% de julho do ano passado.

A pesquisa foi divulgada nesta terça-feira, 05, pela Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat). Já a comparação dos dados do mês com a série histórica foi realizada pela reportagem do Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado.

O nível de utilização da capacidade instalada da indústria se manteve em 79% em julho, mesmo patamar de junho, mas abaixo dos 82% de julho de 2013.

No primeiro semestre, as vendas da indústria de materiais de construção no mercado brasileiro caíram 4,6% em comparação aos mesmos meses do ano passado.

Esse recuo é atribuído ao adiamento de compras por parte do consumidores, ao cenário de baixo crescimento da economia nacional e ao grande número de feriados com a Copa do Mundo.

Diante do começo de ano ruim, a Abramat baixou duas vezes sua perspectiva de expansão das vendas em 2014. A projeção feita em janeiro era de alta de 4,5% no ano, revisada para 3,0% em maio e 2,0% em julho.

Governo

A queda na pretensão de investimentos dentre empresários da indústria também pode ser explicada pelo aumento do pessimismo e indiferença em relação às medidas de incentivo por parte do governo.

Na pesquisa de julho, apenas 14% se disseram otimistas em relação às ações governamentais, 22%, pessimistas e o restante indiferente. Em julho do ano passado, 20% estavam otimistas e 20%, pessimistas.

Para agosto, 32% dos empresários acreditam em vendas boas ou muito boas, 57% esperam vendas regulares e 11%, ruins ou muito ruins.

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