Produtos in natura tiveram forte peso na alta do IPC-S
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da primeira quadrissemana de abril ficou em 0,71%
Da Redação
Publicado em 8 de abril de 2013 às 14h27.
São Paulo - A aceleração dos preços dos produtos in natura respondeu por boa parte da inflação apurada pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da primeira quadrissemana de abril, que ficou em 0,71%.
De acordo com informação dada nesta segunda-feira pelo coordenador do índice e pesquisador da Fundação Getulio Vargas (FGV), Paulo Picchetti, sozinhos, os subgrupos Hortaliças e Legumes, que passou de 8,96% para 11,85% entre o fechamento de março e a primeira quadrissemana de abril, e o de Frutas (5,29% para 6,19%), responderam por 0,24 ponto porcentual da inflação do período.
"É muita coisa. E, como sempre, o problema vem dos in natura, com o tomate liderando as altas", comentou. A despeito de ter ganho destaque na imprensa nos últimos dias, este item continuou com preços em aceleração, de 11,62% para 15,90% no período.
O economista acrescentou que, considerado ainda o comportamento de Refeições em Bares e Restaurantes (0,72%), que contribuiu com 0,05 ponto porcentual para o IPC-S, a participação dos três subgrupos chegaria a quase 0,30 ponto porcentual.
Deste modo, o IPC-S ficou praticamente no mesmo patamar que na leitura anterior, de 0,72% no final de março. Mas o coordenador mostrou-se otimista quanto às próximas apurações.
"Há elementos para imaginar que o IPC-S vai caminhar para a previsão de 0,50% até o fechamento do mês", disse, reforçando que mantém esta estimativa para o índice no encerramento de abril. Também permanece a mesma a projeção de 5,50% para o IPC-S ao final de 2013.
"A leitura geral (da primeira quadrissemana) mostra tendência de desaceleração da inflação, mas em cima de um patamar muito elevado", adicionou. O grupo Alimentação foi um dos poucos a acelerar no IPC-S, passando de 1,31% para 1,49%, ao lado de Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,51% para 0,57%) e Despesas Diversas (de 0,18% para 0,25%).
Para reforçar sua percepção, Picchetti destacou a abertura benigna do índice na primeira quadrissemana, que mostra arrefecimento generalizado: preços dos industrializados, de 0,31% para 0,29%; serviços, de 1,04% para 0,88%; comercializáveis, de 0,17% para 0,12%; administrados, de 0,87% para 0,82%; e índice de difusão, de 70,88% para 67,35%.
Dentro do IPC-S, a principal contribuição negativa no período veio do item passagem aérea, que passou de -5,75% na leitura anterior para -13,13% agora, favorecendo alívio do grupo Educação, Leitura e Recreação (de 0,24% para 0,06%). "Passados os feriados, isso é demanda mais baixa", explicou o economista.
Outros destaques favoráveis foram a queda e a alta menor dos combustíveis, que colaboraram para a perda de ritmo do aumento de Transportes (0,34% para 0,26%). Etanol passou de 2,19% para 1,77%.
"Pode ser já a entrada da safra de cana ou o próprio movimento da gasolina", disse. Este último inverteu a alta, ao sair de 0,12% para -0,14%, o que aumenta a concorrência com o derivado da cana.
São Paulo - A aceleração dos preços dos produtos in natura respondeu por boa parte da inflação apurada pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da primeira quadrissemana de abril, que ficou em 0,71%.
De acordo com informação dada nesta segunda-feira pelo coordenador do índice e pesquisador da Fundação Getulio Vargas (FGV), Paulo Picchetti, sozinhos, os subgrupos Hortaliças e Legumes, que passou de 8,96% para 11,85% entre o fechamento de março e a primeira quadrissemana de abril, e o de Frutas (5,29% para 6,19%), responderam por 0,24 ponto porcentual da inflação do período.
"É muita coisa. E, como sempre, o problema vem dos in natura, com o tomate liderando as altas", comentou. A despeito de ter ganho destaque na imprensa nos últimos dias, este item continuou com preços em aceleração, de 11,62% para 15,90% no período.
O economista acrescentou que, considerado ainda o comportamento de Refeições em Bares e Restaurantes (0,72%), que contribuiu com 0,05 ponto porcentual para o IPC-S, a participação dos três subgrupos chegaria a quase 0,30 ponto porcentual.
Deste modo, o IPC-S ficou praticamente no mesmo patamar que na leitura anterior, de 0,72% no final de março. Mas o coordenador mostrou-se otimista quanto às próximas apurações.
"Há elementos para imaginar que o IPC-S vai caminhar para a previsão de 0,50% até o fechamento do mês", disse, reforçando que mantém esta estimativa para o índice no encerramento de abril. Também permanece a mesma a projeção de 5,50% para o IPC-S ao final de 2013.
"A leitura geral (da primeira quadrissemana) mostra tendência de desaceleração da inflação, mas em cima de um patamar muito elevado", adicionou. O grupo Alimentação foi um dos poucos a acelerar no IPC-S, passando de 1,31% para 1,49%, ao lado de Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,51% para 0,57%) e Despesas Diversas (de 0,18% para 0,25%).
Para reforçar sua percepção, Picchetti destacou a abertura benigna do índice na primeira quadrissemana, que mostra arrefecimento generalizado: preços dos industrializados, de 0,31% para 0,29%; serviços, de 1,04% para 0,88%; comercializáveis, de 0,17% para 0,12%; administrados, de 0,87% para 0,82%; e índice de difusão, de 70,88% para 67,35%.
Dentro do IPC-S, a principal contribuição negativa no período veio do item passagem aérea, que passou de -5,75% na leitura anterior para -13,13% agora, favorecendo alívio do grupo Educação, Leitura e Recreação (de 0,24% para 0,06%). "Passados os feriados, isso é demanda mais baixa", explicou o economista.
Outros destaques favoráveis foram a queda e a alta menor dos combustíveis, que colaboraram para a perda de ritmo do aumento de Transportes (0,34% para 0,26%). Etanol passou de 2,19% para 1,77%.
"Pode ser já a entrada da safra de cana ou o próprio movimento da gasolina", disse. Este último inverteu a alta, ao sair de 0,12% para -0,14%, o que aumenta a concorrência com o derivado da cana.