Economia

Produção industrial da Espanha recua pelo sexto mês seguido

O recuo de 5,1 por cento aumenta as preocupações sobre a economia espanhola

Autoridades preveem que a economia encolherá 1,7 por cento neste ano, enquanto o Citi estima recuo de 2,7 por cento na atividade (Denis Doyle/Getty Images)

Autoridades preveem que a economia encolherá 1,7 por cento neste ano, enquanto o Citi estima recuo de 2,7 por cento na atividade (Denis Doyle/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2012 às 10h26.

Madri - A produção industrial da Espanha encolheu pelo sexto mês seguido em fevereiro, e no segundo ritmo mais forte em mais de dois anos, alimentando as preocupações sobre sua economia.

A produção industrial ajustada ao calendário recuou 5,1 por cento em fevereiro na comparação anual, mostraram dados do Instituto Nacional de Estatísticas nesta quarta-feira, ante estimativa de queda de 5 por cento e após recuo de 4,3 por cento em janeiro.

"Esperar uma mudança antes do segundo semestre não é realista. É uma contração cíclica e a produção industrial é um reflexo disso. Eles provavelmente verão recessão neste ano e no próximo", disse o economista do Citi Guillaume Menuet.

Uma pesquisa de gerentes de compras na semana passada também mostrou que a produção industrial espanhola registrou em março a taxa mais rápida de recuo desde dezembro, e o governo afirma que a Espanha caiu em recessão no primeiro trimestre.

Bancos e outros credores do setor privado exigem prêmios de risco cada vez mais altos para emprestar ao país, uma vez que o governo encontra dificuldades para gerar crescimento ao mesmo tempo em que implementa fortes cortes de gastos para lidar com um dos maiores déficits públicos na zona do euro.

Autoridades preveem que a economia encolherá 1,7 por cento neste ano, enquanto o Citi estima recuo de 2,7 por cento na atividade.

Para atingir a meta de déficit público determinada por Bruxelas, de 3 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) até 2013, Madri anunciou economia de 27 bilhões de euros através da elevação de impostos e do corte dos gastos do governo.

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