Economia

Produção industrial cai pelo 3º mês seguido e tem pior julho em 4 anos

Em 12 meses, a indústria recua 1,3%, indicando perda de ritmo, já que no período até junho a contração havia sido de 0,8%

Indústria: setor recuou 0,30% em julho ante junho (FG Trade/Getty Images)

Indústria: setor recuou 0,30% em julho ante junho (FG Trade/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 3 de setembro de 2019 às 09h30.

Última atualização em 3 de setembro de 2019 às 14h02.

A produção industrial brasileira encolheu 0,3% em julho ante o mês anterior, com ajuste sazonal, engatando a terceira baixa consecutiva e registrando o pior desempenho para o mês em quatro anos.

Contra um ano antes, a produção recuou 2,5%. O dado de junho foi revisado para pior, passando a mostrar contração de 0,7% sobre maio, ante queda estimada anteriormente de 0,6%.

Tanto na comparação mensal quanto na anual os números de julho vieram piores que o estimado por analistas consultados pela Reuters: alta de 0,3% sobre o mês anterior e queda de 1,3% na base anual.

O recuo de 0,3% em julho é o pior para o mês desde 2015 (-1,8%), enquanto o de 2,5% é o mais forte também para o mês desde 2016 (-6,1%).

No acumulado de 2019, a produção acumula baixa de 1,7%. Em 12 meses, a indústria recua 1,3%, indicando perda de ritmo, já que no período até junho a contração havia sido de 0,8%.

Segundo o IBGE, que divulgou os números, a trajetória da indústria pela métrica de 12 meses tem sido "predominantemente descendente" desde julho de 2018, quando em 12 meses a produção acumulava alta de 3,2%.

Onze dos 26 ramos pesquisados mostraram quedas na produção, com outros produtos químicos (-2,6%), bebidas (-4,0%) e produtos alimentícios (-1,0%) exercendo as maiores influências negativas.

Já entre os 15 setores que ampliaram a produção, destaque a produção em indústrias extrativas, com alta de 6,0%, a terceira consecutiva.

Dentre as grandes categorias econômicas, bens intermediários (-0,5%) e bens de capital (-0,3%) caíram, enquanto os setores produtores de bens de consumo semi e não-duráveis (+1,4%) e de bens de consumo duráveis (+0,5%) subiram.

(Edição de Paula Arend Laier)

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