Economia

Produção de veículos no país sobe 25,3% em março ante fevereiro

Na comparação com março de 2017, a alta foi de 13,5 por cento, de acordo com a Anfavea

Montadoras instaladas no Brasil aumentaram a produção de veículos em 25,3 por cento em março ante fevereiro (Carl Court/Getty Images)

Montadoras instaladas no Brasil aumentaram a produção de veículos em 25,3 por cento em março ante fevereiro (Carl Court/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 5 de abril de 2018 às 11h47.

Última atualização em 5 de abril de 2018 às 14h01.

São Paulo - A produção e as vendas de veículos novos no Brasil aumentaram cerca de 15 por cento no primeiro trimestre e a expectativa é de resultados ainda melhores nos próximos meses, informou nesta quinta-feira a entidade que reúne as montadoras instaladas no país, Anfavea.

"(O desempenho do setor) está em linha com nossas previsões, estamos no caminho da recuperação e os números de abril confirmam uma tendência de crescimento", afirmou o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale.

Ele ressaltou que a média diária de veículos comercializados este mês já supera 10 mil unidades, mas ainda continua bem abaixo da marca de 15 mil observada em 2013. "Se mantivermos vendas acima de 10 mil unidades diárias com certeza teremos números superiores em 10 ou 20 por cento no fim do ano", alertou Megale.

Por ora, a Anfavea manteve as estimativas de produção (+13,2 por cento), vendas (+11,7 por cento) e exportação (+5 por cento) para 2018, mas que considera ajustá-las dentro de alguns meses. "Teremos dados suficientemente robustos para fazer ajustes em dois a três meses", comentou o presidente.

No primeiro trimestre, as montadoras produziram 699,66 mil carros, comerciais leves, caminhões e ônibus, um volume 14,6 por cento maior na comparação anual, mostrou o levantamento. Já os licenciamentos de veículos novos subiram 15,6 por cento na mesma base, para 545,54 mil.

Apenas em março, a produção cresceu 25,3 por cento ante fevereiro e 13,5 por cento ante igual mês de 2017, para 267,5 mil unidades, enquanto as vendas aumentaram 32,2 por cento e 9,6 por cento, respectivamente, para 207,4 mil unidades.

"São números bons, mas poderiam ter sido melhores e acreditamos que serão melhores nos próximos meses", disse Megale, destacando as vendas de quase 6 mil caminhões novos em março, o melhor resultado para esse mês desde 2015.

No caso das exportações, o presidente da Anfavea observou que o setor bateu recordes no trimestre e também no mês. Os embarques de autoveículos e máquinas agrícolas e rodoviárias somaram 1,58 bilhão de dólares em março, alta de 6,5 por cento sobre fevereiro e de 18,4 por cento ante igual mês de 2017.

Nos três primeiros meses, as exportações avançaram 22,3 por cento ano a ano, totalizando 4,09 bilhões de dólares. "Nunca tivemos uma arrecadação tão boa em exportação e isso se deve ao maior valor agregado dos produtos exportados... Tivemos recorde no acumulado e tudo indica que vamos bater recorde na exportação do ano como um todo", afirmou Megale.

Ele ainda citou um viés particularmente positivo para o segmento de máquinas agrícolas com expectativa de colheita da segunda maior safra na história do país em cenário de preços de commodities elevados. "Essa previsão de um crescimento de 3,7 por cento (das vendas internas) foi conservadora e devemos em um ou dois meses ajustar para cima essa previsão", explicou.

Questionado sobre o Rota 2030, o presidente da Anfavea disse que o setor precisa de previsibilidade e o setor espera que o programa "finalmente" saia do papel. "Não quero falar em data, pedimos uma reunião oficial com o presidente (Michel Temer) para a primeira quinzena e a indicação inicial é de que seja dia 12. Queremos uma política para organizar o setor no longo prazo", afirmou Megale.

 

Acompanhe tudo sobre:AnfaveaCarrosMontadorasVeículos

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor