Economia

Produção da indústria química cresce 11,65% no trimestre

As vendas internas registraram alta de 12,69%

A taxa de utilização da capacidade instalada ficou em 84%, seis pontos porcentuais acima da registrada nos três primeiros meses de 2011 (Laurent Fievet/AFP)

A taxa de utilização da capacidade instalada ficou em 84%, seis pontos porcentuais acima da registrada nos três primeiros meses de 2011 (Laurent Fievet/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de maio de 2012 às 10h17.

São Paulo - A produção da indústria química nacional cresceu 11,65% no acumulado do primeiro trimestre, na comparação com igual período de 2011, segundo o Relatório de Acompanhamento Conjuntural (RAC) da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). As vendas internas registraram alta de 12,69%, enquanto o Consumo Aparente Nacional (CAN), que mede a demanda interna do País, cresceu 6,9% nos três primeiros meses de 2012 sobre igual período do ano anterior.

Com relação ao índice de preços, no acumulado do 1º trimestre de 2012 houve alta de 4,59% ante igual período do ano passado. A taxa de utilização da capacidade instalada ficou em 84%, seis pontos porcentuais acima da registrada nos três primeiros meses de 2011.

Segundo o relatório, "merece menção o fato de que os volumes, tanto em termos de produção quanto em de vendas para o mercado interno, nos três primeiros meses do ano, são os melhores de toda a série histórica acompanhada pela Abiquim".

Nos últimos 12 meses, invertendo sinal em relação aos 12 meses anteriores, o índice de produção foi positivo em 0,17% sobre os 12 meses anteriores. Nessa mesma comparação, o índice de vendas internas cresceu 0,08%. A utilização da capacidade instalada ficou em 82% na média dos 12 meses encerrados em março, valor ligeiramente superior (um ponto) ao dos 12 meses anteriores. O CAN cresceu 8,43% nos últimos 12 meses e as importações, 18,70%.

Ainda conforme o RAC, o principal motivo para esses resultados ainda é a base deprimida de comparação. "Vale lembrar que, em fevereiro do ano passado, ocorreu um 'apagão' de energia elétrica, que atingiu o Nordeste do País, afetando significativamente a produção das empresas localizadas nessa região", afirma a Abiquim, no relatório. "Algumas plantas tiveram impactos negativos na produção, que se estenderam até maio e junho do ano passado, com efeitos também na disponibilidade de produtos para vendas ao mercado interno."

A Abiquim acrescenta, porém, que a base deprimida não é a única explicação para esse comportamento. "Nos últimos meses, a demanda no mercado interno está aquecida também pela melhora no ambiente econômico e pelo efeito da recomposição de estoques na cadeia, em níveis bastante reduzidos no final do ano passado".

A associação explica que há também impactos positivos na demanda decorrentes da antecipação de compras em algumas cadeias, em função da alta de preços de produtos no mercado internacional. "No período recente, as vendas internas também podem ter sido favorecidas pela elevação da cotação do dólar, em relação ao real, que encarece momentaneamente o produto importado."

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