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Previsões de crescimento já sobem com novo governo

Em menos de 24 horas de novo governo, Credit Suisse, Morgan Stanley e BoFa Merryl Lynch já revisaram para cima as projeções de crescimento do PIB em 2017

(Imagem/Thinkstock)

João Pedro Caleiro

Publicado em 13 de maio de 2016 às 12h00.

São Paulo - A saída de Dilma Rousseff e a entrada de Michel Temer no Palácio do Planalto já alteraram as expectativas em relação à economia brasileira .

Em menos de 24 horas do novo governo, vários bancos internacionais divulgaram revisões para cima do crescimento do país.

Em nota enviada para clientes nesta quinta-feira, o Credit Suisse prevê queda do PIB (Produto Interno Bruto) de -3,8% este ano, contra -4,2% na estimativa anterior.

A previsão para 2017 passou de queda de 1% para crescimento de 0,5%. A projeção para o câmbio no fim deste ano, que era de R$ 4,30, caiu para R$ 3,60.

"O nosso cenário para o quadro político embute uma atuação conjunta dos três poderes. Assumimos que, antes de encaminhar os projetos de lei e as propostas de emenda à Constituição para o Congresso, Temer adotará um rito de apresentação dessas medidas para os presidentes do Senado e da Câmara, em seguida, para os líderes dos partidos políticos da base do governo", diz o texto.

Morgan Stanley

Revisões parecidas também foram divulgadas ontem pelo banco americano Morgan Stanley . A expectativa de contração em 2016 foi reduzida de -4,3% para -3,8% e o número para 2017 foi de 0,6% para 1,1%..

As projeções para inflação também caíram de forma sensível: de 8,1% para 6,9% em 2016 e de 7% para 5,4% em 2017.

"A crise política brasileira ainda está se desenrolando, mas acreditamos que há alguma clareza sobre a trajetória de políticas econômicas para os próximos trimestres", afirmam os analistas Arthur Carvalho, Guilherme Paiva e Thiago Machado no relatório.

Bank of America Merryl Linch

Hoje, foi a vez do Bank of America Merryl Lynch, que mudou suas projeções de crescimento do PIB em 2017 de 0,8% para 1,5%.

"O trabalho de Temer não será fácil, já que a confiança é baixa e os indicadores de atividade econômica continuam sem mostrar sinais de uma reversão sustentável nas suas tendências de baixa. Se Temer não conseguir impulsionar a confiança e aprovar reformas fiscais no Congresso, riscos de baixa pesarão em nossas novas previsões", diz a nota.

Banco Fibra

Já na terça-feira, antes do impeachment ser confirmado, o Banco Fibra deixou suas projeções para a queda do PIB de 2016 inalteradas em 4,5% (uma das mais pessimistas) mas mudou a previsão para 2017 de crescimento de 1% para 2,1% (uma das mais otimistas).

"A volta do tripé macroeconômico adotado na era FHC deve devolver a estabilidade macroeconômica perdida nos últimos anos e reduzir gradualmente o prêmio de risco país e consequentemente a taxa de juros de equilíbrio da economia brasileira", diz o relatório assinado por Cristiano Oliveira e Camila de Caso.

Focus

A reversão de expectativas já estava sendo capturada nas últimas edições do Focus, boletim semanal do Banco Central com a previsão de economistas e instituições financeiras para vários indicadores.

De acordo com a edição desta segunda-feira, a perspectiva de retração em 2016 foi de 3,89% para 3,86% - a primeira revisão para cima deste número das últimas 57 semanas.

A mediana para o crescimento em 2017 estava próxima de 1% no começo do ano e teve quedas, mas nas últimas 4 semanas voltou a subir: de 0,3% para 0,5%.

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Em nota enviada para clientes nesta quinta-feira, o Credit Suisse prevê queda do PIB (Produto Interno Bruto) de -3,8% este ano, contra -4,2% na estimativa anterior.

A previsão para 2017 passou de queda de 1% para crescimento de 0,5%. A projeção para o câmbio no fim deste ano, que era de R$ 4,30, caiu para R$ 3,60.

"O nosso cenário para o quadro político embute uma atuação conjunta dos três poderes. Assumimos que, antes de encaminhar os projetos de lei e as propostas de emenda à Constituição para o Congresso, Temer adotará um rito de apresentação dessas medidas para os presidentes do Senado e da Câmara, em seguida, para os líderes dos partidos políticos da base do governo", diz o texto.

Morgan Stanley

Revisões parecidas também foram divulgadas ontem pelo banco americano Morgan Stanley . A expectativa de contração em 2016 foi reduzida de -4,3% para -3,8% e o número para 2017 foi de 0,6% para 1,1%..

As projeções para inflação também caíram de forma sensível: de 8,1% para 6,9% em 2016 e de 7% para 5,4% em 2017.

"A crise política brasileira ainda está se desenrolando, mas acreditamos que há alguma clareza sobre a trajetória de políticas econômicas para os próximos trimestres", afirmam os analistas Arthur Carvalho, Guilherme Paiva e Thiago Machado no relatório.

Bank of America Merryl Linch

Hoje, foi a vez do Bank of America Merryl Lynch, que mudou suas projeções de crescimento do PIB em 2017 de 0,8% para 1,5%.

"O trabalho de Temer não será fácil, já que a confiança é baixa e os indicadores de atividade econômica continuam sem mostrar sinais de uma reversão sustentável nas suas tendências de baixa. Se Temer não conseguir impulsionar a confiança e aprovar reformas fiscais no Congresso, riscos de baixa pesarão em nossas novas previsões", diz a nota.

Banco Fibra

Já na terça-feira, antes do impeachment ser confirmado, o Banco Fibra deixou suas projeções para a queda do PIB de 2016 inalteradas em 4,5% (uma das mais pessimistas) mas mudou a previsão para 2017 de crescimento de 1% para 2,1% (uma das mais otimistas).

"A volta do tripé macroeconômico adotado na era FHC deve devolver a estabilidade macroeconômica perdida nos últimos anos e reduzir gradualmente o prêmio de risco país e consequentemente a taxa de juros de equilíbrio da economia brasileira", diz o relatório assinado por Cristiano Oliveira e Camila de Caso.

Focus

A reversão de expectativas já estava sendo capturada nas últimas edições do Focus, boletim semanal do Banco Central com a previsão de economistas e instituições financeiras para vários indicadores.

De acordo com a edição desta segunda-feira, a perspectiva de retração em 2016 foi de 3,89% para 3,86% - a primeira revisão para cima deste número das últimas 57 semanas.

A mediana para o crescimento em 2017 estava próxima de 1% no começo do ano e teve quedas, mas nas últimas 4 semanas voltou a subir: de 0,3% para 0,5%.

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