Exame Logo

Previsão para IPC-S de 2014 sobe de 6,4% para 6,8%, diz FGV

Nesta segunda-feira, 01, o coordenador do IPC-S, Paulo Picchetti, elevou a projeção para o dado fechado deste ano, de 6,40% para 6,80%

Avanço do IPC-S em novembro foi influenciado também pelo encarecimento dos alimentos, como carnes bovinas, hortaliças e legumes (Elza Fiúza/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2014 às 11h47.

São Paulo - O Índice de Preços ao Consumidor Semanal ( IPC -S) da Fundação Getulio Vargas ( FGV ) deve fechar 2014 acima do teto da meta da inflação oficial de 6,50%.

Nesta segunda-feira, 01, o coordenador do IPC-S, Paulo Picchetti, elevou a projeção para o dado fechado deste ano, de 6,40% para 6,80%.

Segundo ele, a aceleração do IPC-S para 0,65% em novembro (ante 0,49%), com a taxa acumulada passando para 6,81% em 12 meses, reforça a percepção de desconforto com a inflação.

O resultado veio em linha com a mediana das estimativas do AE Projeções (previsões de 0,61% a 0,72%), mas acima do esperado por Picchetti, cuja projeção era de 0,60%, mas com viés de alta.

A revisão, diz, deve-se a dois grupos: Administrados e Serviços. "Por isso a inflação está numa situação pouco confortável. É justamente a correção dos preços represados que começa a ser feita", avaliou.

Segundo a FGV, a alta acumulada dos preços administrados em 12 meses finalizados em novembro acelerou de forma expressiva para 10,52%, ante 5,68%. Já a variação acumulada de Serviços atingiu 13,45% na comparação com 12,53% anteriormente.

De acordo com o economista da FGV, o avanço do IPC-S em novembro ainda foi influenciado pelo encarecimento dos alimentos, como carnes bovinas, hortaliças e legumes, por causa da estiagem prolongada.

"É muito mais o efeito do clima do que da sazonalidade", disse. A taxa do primeiro item passou de 2,22% na terceira leitura do mês para 3,05%, enquanto a do segundo foi de 8,80% para 10,67%.

Além disso, o IPC-S sentiu um pouco mais o efeito do reajuste recente da gasolina e nas tarifas de energia elétrica.

Dentre os alimentos in natura, a batata inglesa subiu 58,80% e ficou entre as maiores contribuições positiva do IPC-S, com 0,08 ponto porcentual - ligeiramente inferior ao impacto de 0,10 de tarifa de eletricidade, cuja taxa foi de 3,73%. Já a influência do aumento da gasolina foi de 0,05 ponto porcentual.

"Como a variação da gasolina foi de 1,90% e na ponta (pesquisas mais recentes) está avançando, acima de 2,00%. Deve ficar na direção do aumento de 3% anunciado para as refinarias. Espera-se que seja repassado tudo ao consumidor. A exemplo de gasolina, tarifa de eletricidade ainda vai seguir pressionando ao longo de dezembro", estimou.

Veja também

São Paulo - O Índice de Preços ao Consumidor Semanal ( IPC -S) da Fundação Getulio Vargas ( FGV ) deve fechar 2014 acima do teto da meta da inflação oficial de 6,50%.

Nesta segunda-feira, 01, o coordenador do IPC-S, Paulo Picchetti, elevou a projeção para o dado fechado deste ano, de 6,40% para 6,80%.

Segundo ele, a aceleração do IPC-S para 0,65% em novembro (ante 0,49%), com a taxa acumulada passando para 6,81% em 12 meses, reforça a percepção de desconforto com a inflação.

O resultado veio em linha com a mediana das estimativas do AE Projeções (previsões de 0,61% a 0,72%), mas acima do esperado por Picchetti, cuja projeção era de 0,60%, mas com viés de alta.

A revisão, diz, deve-se a dois grupos: Administrados e Serviços. "Por isso a inflação está numa situação pouco confortável. É justamente a correção dos preços represados que começa a ser feita", avaliou.

Segundo a FGV, a alta acumulada dos preços administrados em 12 meses finalizados em novembro acelerou de forma expressiva para 10,52%, ante 5,68%. Já a variação acumulada de Serviços atingiu 13,45% na comparação com 12,53% anteriormente.

De acordo com o economista da FGV, o avanço do IPC-S em novembro ainda foi influenciado pelo encarecimento dos alimentos, como carnes bovinas, hortaliças e legumes, por causa da estiagem prolongada.

"É muito mais o efeito do clima do que da sazonalidade", disse. A taxa do primeiro item passou de 2,22% na terceira leitura do mês para 3,05%, enquanto a do segundo foi de 8,80% para 10,67%.

Além disso, o IPC-S sentiu um pouco mais o efeito do reajuste recente da gasolina e nas tarifas de energia elétrica.

Dentre os alimentos in natura, a batata inglesa subiu 58,80% e ficou entre as maiores contribuições positiva do IPC-S, com 0,08 ponto porcentual - ligeiramente inferior ao impacto de 0,10 de tarifa de eletricidade, cuja taxa foi de 3,73%. Já a influência do aumento da gasolina foi de 0,05 ponto porcentual.

"Como a variação da gasolina foi de 1,90% e na ponta (pesquisas mais recentes) está avançando, acima de 2,00%. Deve ficar na direção do aumento de 3% anunciado para as refinarias. Espera-se que seja repassado tudo ao consumidor. A exemplo de gasolina, tarifa de eletricidade ainda vai seguir pressionando ao longo de dezembro", estimou.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEstatísticasFGV - Fundação Getúlio VargasIndicadores econômicosInflaçãoIPC

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame